MPF pede novamente bloqueio de bens de Barros e outros ligados a compra de remédio não entregue
O MPF aponta irregularidades como favorecimento de empresas e outros crimes

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O Ministério Público Federal (MPF) pediu novamente na Justiça o bloqueio de cerca de R$ 20 milhões em bens do deputado Ricardo Barros (PP-PR), e de quatro servidores e ex-servidores do Ministério da Saúde e da empresa Global Saúde.
De acordo com a TV Globo, o pedido foi feito pela procuradora da República no DF, Carolina Martins de Oliveira, nesta quarta-feira (22), dentro de uma ação de improbidade administrativa que apontou irregularidades na compra de remédios na gestão de Barros à frente do Ministério da Saúde durante o governo Michel Temer (2016 a 2018).
Segundo os procuradores, as irregularidades envolvem a compra dos medicamentos para tratamento de doenças raras, com três pagamentos antecipados de quase R$ 20 milhões. No entanto, os remédios nunca foram entregues.
O MPF aponta irregularidades como favorecimento de empresas, inobservância da legislação administrativa, de licitações e sanitária, prejuízo ao patrimônio público, descumprimento de centenas de decisões judiciais, além de, pelo menos, 14 pacientes mortos.
À Justiça, a procuradora afirmou que, como todos os alvos já se manifestaram no processo, é possível decidir sobre o bloqueio dos bens. Na ação, o MPF não detalha qual montante seria bloqueado de cada acusado.