No Brasil, cerca de 4,7% dos presos ainda não foram julgados

Dados são do Sistema de Informações do Sistema Penitenciário

[No Brasil, cerca de 4,7% dos presos ainda não foram julgados]

FOTO: Getty Images

Dados do Sistema de Informações do Sistema Penitenciário (Infopen) apontam que das mais de 770 mil pessoas presas no Brasil, 34,7% ainda não foram julgadas. Uma pesquisa inédita realizada pela “Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas” investigou o acesso a órgãos e políticas públicas por pessoas que passaram pelo sistema prisional, principalmente, durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. 

“O desenvolvimento de uma forte agenda de geração de emprego e renda para as pessoas que saem da prisão é uma das principais demandas. Orientações que parecem simples para pessoas que nunca foram presas para ajudar a tirar documentos pessoais, para poder acessar serviços públicos. Há um conjunto de recomendações que espera-se que o poder público adote”, afirma a socióloga Nathália Oliveira. 

O levantamento entrevistou quase 100 pessoas que tiveram a vida afetada pelo descaso do sistema penitenciário brasileiro. Entre elas, presos que cumpriram pena e famílias atingidas pela falta de apoio do governo. “A principal urgência é reorganizar essa questão das famílias de modo autônomo. Então, o emprego é elemento central para ajudar a melhorar as condições dessas pessoas”, disse a especialista. 

De acordo com a pesquisa, as maiores dificuldades encontradas por essas famílias são, principalmente, a burocracia e o alto índice de circulação dessas pessoas por espaços assistenciais e de punição. Atualmente, o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, perdendo apenas para Estados Unidos e China.


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