MPF recorre de decisão que soltou dono do Banco Master, investigado por fraude de R$ 12 bilhões
Caso deve ser julgado pela 10ª Turma do TRF ainda na próxima semana

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O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), que determinou a soltura do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e outros quatro executivos que foram alvos da Operação Compliance Zero. O órgão solicita o restabelecimento da prisão dos investigados.
Vorcaro é suspeito de encabeçar uma fraude de R$ 12 bilhões. Ele deve ser julgado pela 10ª Turma do TRF na próxima semana. Além dele, são investigados:
- Augusto Ferreira Lima, ex-CEO e sócio do Master;
- Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia do Master;
- Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria do Master;
- Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio do Master.
O banqueiro foi solto na última sexta-feira (28), após decisão da desembargadora Solange Salgado da Silva. A magistrada ainda determinou que os cinco investigados utilizassem tornozeleira eletrônica e cumprissem restrições, como a proibição de deixar o país.
No entanto, no recurso, o MPF afirma que a prisão é necessária pela "gravidade do caso, diante de altíssima probabilidade de fuga e de violação da ordem pública, além de possível destruição de provas, ocultação de recursos e bens ainda não apreendidos".
"Diante do quadro fático e do perfil dos investigados, com acesso a sofisticados meios logísticos, financeiros e tecnológicos, a crença de que medidas cautelares diversas da prisão sejam suficientes à tutela da ordem pública, da ordem econômica, da instrução criminal e da aplicação da lei penal contradiz a situação fática e jurídica acima narrada", afirmou.
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