Mudança de nome para pessoas trans já ocorre com mais celeridade em cartórios
Das 2.033 pessoas beneficiadas, 1.162 optaram por trocar o nome masculino que receberam ao nascer por um feminino

Foto: Divulgação/Polícia Civil do Pará
Cerca de 2.033 pessoas foram contempladas por uma norma do Conselho Nacional de Justiça que completa um ano hoje (28), e tornou o processo mais célere —são cinco dias, da solicitação à emissão da nova certidão de nascimento.
O trâmite começou a ser feito nos cartórios de registro civil do país. Antes do Provimento 73, quem desejasse alterar o próprio nome precisava entrar na Justiça e esperar anos por uma decisão favorável.
A identidade de gênero representa a forma como a pessoa se reconhece: homem, mulher, ambos ou nenhum dos gêneros. Das 2.033 pessoas beneficiadas, 1.162 optaram por trocar o nome masculino que receberam ao nascer por um feminino, segundo levantamento da Arpen Brasil (Associação Nacional de Registradores de Pessoas Naturais) elaborado a pedido da Folha.
Uma porcentagem de 64% do total de mudanças em documentos de travestis e transexuais ocorreu no estado de São Paulo. Destas, 334 só na capital paulista. Para a Arpen, São Paulo aparece na dianteira do ranking por ter a maior população e uma forte atuação de grupos pró-LBGT.
Paraná (150 casos) e Minas Gerais (113) estão na sequência.