A Polícia Civil de Campinas, em São Paulo, indiciou Josefa de Souza Mathias, de 58 anos, por desrespeito ao corpo e tentativa de estelionato, após levar o levar o marido morto, há pelo menos 12 horas, Laércio Della Colleta, de 92 anos, a uma agência do Banco do Brasil para fazer uma 'prova de vida' e assim obter uma nova senha para movimentar a conta bancária do homem.

Em depoimento ao delegado do 1º Distrito Policial da cidade, dois funcionários afirmaram que ela chegou à agência no dia 2 de outubro, com Laércio em uma cadeira de rodas, acompanhada de um casal de amigos, quando pediu para obter uma nova senha para conseguir sacar a aposentadoria do marido.

Ao apresentar o homem como 'prova de vida', a gerente da agência estranhou a aparência do homem e chamou um bombeiro civil, que percebeu que Laércio estava morto.

Equipes da Samu e Corpo de Bombeiros foram acionados, quando um médico levantou a suspeita de que ele estava morto há mais tempo do que parecia. Um laudo do Instituto Médico Legal pedido pela polícia afirmou ontem (17), que o homem já estava morto há pelo menos 12 horas antes de ser levado ao banco. O documento atesta "causas naturais" como motivo do óbito.

Segundo o diretor do Departamento de Policiamento do Interior 2 (Deinter-2), José Henrique Ventura, "Ela contou que viu que Laércio estava paralisado, e chegou a questionar Josefa porque não havia chamado o Samu. A resposta é que ela precisava ir ao banco para poder movimentar a conta bancária, mas não tinha dito que o homem havia morrido", disse ao UOL. "Ela nega que tentou aplicar fraude na aposentadoria dele", resumiu.