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Candidato a prefeito do Maranhão é acusado de matar o pai

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Candidato a prefeito do Maranhão é acusado de matar o pai

Manoel Mariano de Sousa Filho aguarda julgamento em liberdade

Por Da Redação
Candidato a prefeito do Maranhão é acusado de matar o pai
Foto: Reprodução

Conhecido como "Júnior do Nenzim", o empresário Manoel Mariano de Sousa Filho (PSC), de 51 anos, é candidato a prefeito de Barra do Corda, no Maranhão, cargo exercido pelo seu pai, Manoel Mariano de Sousa. Contudo, Júnior do Nezim é acusado de ter matado o próprio pai, em 2017, e disputa o cargo contra um irmão, o deputado estadual Rigo Teles (PV), cuja campanha é apoiada por um terceiro irmão, Pedro, acusado por um outro homicídio, de um líder sem-terra, em 1998.

No dia da morte de Nenzim, como era conhecido, Júnior foi pegá-lo em sua caminhonete Ranger. No caminho, a caminhonete fez uma parada numa rua deserta no loteamento Morada do Rio Corda, local em que o filho alegou em juízo que seu pai pediu que ele parasse porque precisava urinar.

"Quando ele se posicionou o quadril dele, [...] para virar a cintura dele [e sair do carro], ficou conversando comigo, uns três a quatro minutos, eu escutei, fez, deu uma pancada forte no carro, que seja um pedaço de pau batendo na lataria do carro, ele fez [se mexeu para a frente], 'Ô, Mariano'...", disse o candidato em depoimento ao juiz de Barra do Corda no ano passado. Júnior argumentou que não percebeu que seu pai recebera um tiro.

"Eu disse: 'Pai, você tá passando mal?' Aí também ele não falou mais. Eu fiquei já sem ação", disse Júnior. Ele afirmou que telefonou para seu advogado, Luís, para dizer que seu pai estava "passando mal". Antes de chegar à casa do advogado, disse Júnior, ele viu "um pouquinho de sangue" saindo do ouvido do pai, que também teria vomitado. Logo que chegou à casa de Luís, segundo a versão de Júnior, ele repassou o volante para o advogado.

Ao ser encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o ex-prefeito precisou ser transferido para um hospital em outra cidade, mas morreu no meio do caminho. Em seus depoimentos, Júnior negou qualquer envolvimento com o crime. 

Por outro lado, o MP aponta que a versão de Júnior é insustentável e que ele mesmo que teria disparado contra a cabeça do pai. Segundo o MP, a Polícia Civil apontou que houve um lapso de 40 minutos do momento do tiro até a chegada à UPA para o atendimento médico e apontou que a camionete passou por uma limpeza completa em um lava-jato. O veículo "foi apreendido já lavado e sem o banco do passageiro, que havia sido retirado porque estava encharcado de sangue".

Júnior foi preso e levado para a Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís (MA), onde permaneceu até outubro de 2019, quando conseguiu um habeas corpus para que ele aguardasse em liberdade o andamento do processo e a sessão do tribunal júri que decidirá sobre o caso. 

Nesse meio tempo, ele registrou sua candidatura na Justiça Eleitoral e alega que não há impedimento legal à sua candidatura. Até a noite de ontem (17), a candidatura de Júnior aparecia com o status de "aguardando julgamento", ou seja, o pedido ainda não foi deferido.

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