Na Bahia, região oeste tem 70% dos leitos de UTI ocupados
Segundo Fábio Vilas-Boas, pandemia ainda é preocupante

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O Secretário de Saúde da Bahia (Sesab), Fábio Vilas-Boas, disse nesta segunda-feira (9), que, na Bahia, a região oeste é que possui maior índice de ocupação dos leitos de UTI com pacientes infectados pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, com 70%. Logo depois, vem a região norte, com 61%, e Centro-leste, com 59%.
“Às vezes a taxa, embora no interior nós não tenhamos diminuído o número de leitos, reflete de forma indireta o que acontece com número de leitos. O número absoluto de pacientes internados não consegue cair muito abaixo de 500, já há mais de 45 dias. Essa é uma evidência que estamos estagnados em um platô, já há quase dois meses, sem conseguir cair", explicou.
Nas demais regiões as taxas são: 59% (sul), 55% (centro-norte), 53% (leste), 50% (nordeste), 49% (sudoeste) e 47% (extremos sul). De acordo com o secretário, a situação ainda é preocupante, principalmente porque alguns municípios já se movimentam para retomada das aulas presenciais dos ensinos médio e fundamental, pelo menos na rede particular de ensino.
"Isso nos preocupa porque há evidências de retorno de aulas em alguns municípios em um momento que ainda não conseguimos baixar o número de pacientes internados", disse o secretário.
Entre as cidades citadas pelo secretário está Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. As aulas dos ensinos fundamental e médio foram retomadas nesta segunda-feira (9). Além da preocupação referente ao retorno às aulas, o secretário também falou sobre aglomerações em atos de campanhas políticas.
"Uma das razões pela qual a gente não consegue reduzir de forma expressiva o número de novos casos na Bahia são as aglomerações eleitorais. A justiça eleitoral adotou uma medida mais proativa, criando o Disk-Aglomeração, mas não tem jeito. As consequências estão aparecendo agora sobre a forma de novos casos todos os dias. Felizmente, a nossa rede hospitalar está sendo capaz de absorver, felizmente a taxa de mortalidade continua caindo, o que é paradoxal, porque estamos mantendo o número de casos, mas a letalidade vem caindo progressivamente", disse.