Na Câmara, Queiroga alerta para necessidade de combater a terceira onda da Covid-19

Alerta é feito em meio a alta no número de casos e adoção de medidas de restrição nos estados

Por Da Redação
Às

Na Câmara, Queiroga alerta para necessidade de combater a terceira onda da Covid-19

Foto: Reprodução/Money Times

Os números de novos casos e de internações por Covid-19 voltaram a crescer nos últimos dias e atingiram patamares próximos aos registrados no auge da segunda onda da pandemia, entre março e abril. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que há uma “tendência de aumento de casos”, ao falar durante audiência na Câmara dos Deputados, e disse que será necessário “trabalhar juntos para que se possa evitar essa terceira onda”. 

A média móvel de novos casos de Covid-19 em todo o país vem crescendo de forma ininterrupta desde 4 de maio, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que contabiliza dados repassados pelos estados. Ontem, a média de novos casos estava em 66.091.

Desde o início da pandemia, ainda no primeiro trimestre de 2020, esse índice só foi mais alto entre 15 de março e 15 de abril deste ano. Ao ser questionado sobre o assunto na Câmara, Queiroga disse que a variante indiana pode influenciar o incremento de casos.

"Pode ser necessário que se adote uma medida restritiva, mas cabe a cada autoridade municipal. O ministério fica vigilante para que se possa orientar. E vamos trabalhar juntos para que se possa evitar essa terceira onda", disse o ministro.

A piora nos indicadores levou o governo do estado de São Paulo a adiar por pelo menos 15 dias a flexibilização no comércio, que estava prevista para semana que vem. A decisão foi tomada ontem após reunião do Comitê de Contingência da Covid-19.

Pelas próximas duas semanas, o comércio pode funcionar com até 40% de ocupação, entre 6h e 21h. Na última segunda-feira (24), a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 voltou a ultrapassar 80% no estado, segundo a Secretaria de Saúde.

"As projeções indicam que ainda teremos um recrudescimento nas próximas semanas", afirma Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, que só visualiza uma melhora nos índices a partir do meio de junho. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário