“Não é ético e humano”, diz médico baiano sobre testagem da vacina na Bahia
Médico urologista se diz contra anúncio do governo da Bahia sobre vacina chinesa

Foto: Reprodução / Facebook
O médico urologista Modesto Jacobino em contato com o Farol da Bahia afirma que é contra o anúncio feito pelo governo do Bahia, nesta sexta-feira (7) sobre o acordo com a empresa chinesa Sinopharm para testagem de vacina contra Covid-19.
De acordo com Rui Costa, seriam em torno de 4 mil pacientes testados por aqui. A vacina já foi aplicada em 100 mil chineses e também em outros países.
“Como médico tenho o papel de conscientizar a população sobre os riscos de se submeter a testagem de vacinas contra a covid-19. Não é ético e nem humano. Ao tomar a vacina, o indivíduo vai receber o vírus para se verificar a imunidade. Como desenvolver uma doença nas pessoas que não tem nenhum medicamento e tratamento?”, questiona Jacobino.
Modesto Jacobino diz que para uma vacina ser considerada eficaz ela precisa de muitos anos de pesquisa, pelo menos quatro anos.
“Quantas pessoas podem morrer com isso? É importante que seja feita uma pesquisa com a população para que elas informem se concordam com esses testes. Cadê a comunidade médica? Precisamos debater com a população”, disse o médico.
O médico disse ainda que não quer criar pânico, mas, de acordo com o diretor diretor-geral da Organização Mundial Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a vacina ou cura para a COVID-19 podem não se tornar realidade.
“Por isso, é importante criar campanhas de conscientização. Alertar a população que ainda vamos conviver muito tempo com o vírus, que é importante o uso de máscara, a higienização das mãos, entre outros, principalmente entre os homens”, frisou Modesto Jacobino.
Para o urologista, existe um envolvimento econômico com relação a compra das vacinas. “É o envolvimento do capitalismo selvagem. O vírus político quer contaminar todo mundo”, avaliou.