'Não é possível um governador se aliar à extrema direita e querer proteger terrorista', diz Flávio Dino sobre Zema
Governador de Minas Gerais acusou governo Lula de ter facilitado atentado em Brasília

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), respondeu o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), após o gestor acusar o governo Lula de ter facilitado para que os atentados às sedes dos Três Poderes ocorressem no dia 8 de janeiro em Brasília. Segundo Dino, "não é possível um governador se aliar à extrema direita e querer proteger terrorista", disse.
"Me espanta que o governador Zema tente vestir a roupa do Bolsonaro. Não cabe nele... É preciso que ele tenha algum amigo sincero que diga a ele... Primeiro porque Minas Gerais é a terra de Tiradentes, de Tancredo Neves, é a terra da democracia... Então não é possível que um governador de modo vil se alinhe à extrema direita para proteger terrorista”, pontuou Dino em entrevista ao programa Fórum Onze e Meia, da TV Fórum.
Para o ministro, a declaração feita por Zema fica feio para ele porque o governador esteve presente na reunião promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois dos ataques em Brasília. “E por que que não falou? Por que ele não perguntou a mim, que estava lá? Por que não perguntou ao presidente da República, que estava lá? Seria mais decente do que falar posteriormente”, seguiu.
Na sequência, Dino comparou a tragédia de Brumadinho, caso alguém tivesse culpado Zema por ele saber e tivesse deixado acontecer para ganhar dinheiro com as mortes. Segundo o ministro, o governo Lula não é agente do que aconteceu e sim vítima.
“Um apelo que eu faço ao governador: num momento grave é preciso ter ponderação. Imagine se alguém tivesse dito no dia seguinte à tragédia de Brumadinho que ele sabia e deixou acontecer para poder ganhar dinheiro? Como ele se sentiria? Isso parece aquela história do estupro, que uma mulher é estuprada e ao mesmo tempo é acusada de ser a culpada porque estava de vestido curto... Nós não somos agentes do que aconteceu. Nós somos vítimas... Não é vitimização, nós somos vítimas”, disse.
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