"Não houve fraude processual", diz Moro sobre mensagens vazadas

O STF decidiu nesta terça (9), que a defesa do ex-presidente Lula tenham acesso as mensagens

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FOTO: Agência Brasil

O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, criticou nesta terça-feira (9)  a liberação das mensagens hackeadas dos procuradores da Lava Jato, pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu início a Operação Spoofing, e alegou que "não houve fraude processual".

“Lamenta-se que supostas mensagens obtidas por violação criminosa de dispositivos de agentes da lei possam ser acessadas por terceiros, contrariando a jurisprudência e as regras que vedam a utilização de provas ilícitas em processos. Nenhuma das supostas mensagens retrata fraude processual, incriminação indevida de algum inocente, sonegação de prova, antecipação de julgamento, motivação político-partidária, quebra da imparcialidade ou qualquer ato ilegal ou reprovável”, afirmou em nota. 

Além disso, ele disse que “A Operação Lava Jato foi um marco no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Brasil e, de certo modo, em outros países, especialmente da América Latina, colocando fim à generalizada impunidade destes crimes. A Operação Lava Jato foi um trabalho institucional, envolvendo todo o sistema de Justiça e órgãos acessórios. Também exigiu uma grande dose de sacrifício pessoal dos indivíduos que nela atuaram”.

A Operação Lava Jato é a maior iniciativa de combate a corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil.  Iniciada em março de 2014, pela Justiça Federal em Curitiba, a investigação já resultou na prisão e a responsabilização de pessoas com representatividade política e econômica, além de ter recuperação de valores recordes para os cofres públicos.

Lula foi preso acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex, investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Em julho de 2017, Lula havia sido condenado pelo juiz da Lava Jato na primeira instância, Sérgio Moro.

Hoje, ministros decidiram manter a liberação das mensagens entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A força-tarefa, no entanto, defende que não há comprovação de que o material é legítimo, e argumenta que pode ter havido adulterações e edições das cópias.


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