Carlos Muniz avalia primeiro ano da nova legislatura como “difícil” e cita transporte público como maior desafio
Presidente da Câmara de Salvador concedeu entrevista exclusiva ao Farol da Bahia; confira

Foto: Divulgação/CMS
“Um ano difícil.” Assim foi definido o primeiro ano da 20ª Legislatura (2025–2028) pelo presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), durante entrevista exclusiva ao Farol da Bahia.
Ao mirar um 2026 melhor, o chefe do Legislativo municipal afirmou que este ano foi marcado por um volume maior de demandas, impulsionado por promessas de campanha dos vereadores eleitos, o que dificultou zerar a pauta de votações antes do início do recesso parlamentar, na última quarta-feira (17).
“Foi um ano difícil, um período pós-eleição. As demandas não foram poucas, mas tentamos dar respostas para resolver os problemas da população. Espero que o próximo ano seja melhor não apenas para o Legislativo, mas para toda a população de Salvador”, afirmou.

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Questionado sobre os maiores desafios enfrentados ao longo do ano legislativo, Muniz destacou que o transporte público permanece como um dos principais gargalos do poder municipal.
Segundo ele, apesar do subsídio aprovado no plenário, o sistema ainda é precário e depende do apoio dos governos estadual e federal para se manter.
“A maior dificuldade que ainda enfrentamos e que, sem dúvidas, continuará sendo um desafio no próximo ano é a questão do transporte público. Esse problema não é fácil de resolver, já que a Prefeitura de Salvador não consegue solucionar sozinha. Espero que seja possível contar com a ajuda dos governos estadual e federal para enfrentar essa situação o mais rápido possível”, disse o presidente.
Impacto da eleição de 2026 no Legislativo
Embora 2026 não seja um ano de eleições municipais, Carlos Muniz avalia que a frequência das sessões pode sofrer ajustes, em razão da necessidade de alguns vereadores participarem do pleito de forma indireta, apoiando candidaturas ao governo do Estado.
Outra mudança prevista envolve os vereadores que disputarão as eleições gerais, com candidaturas a deputado federal ou estadual, que precisarão se desincompatibilizar do cargo dentro do prazo previsto na legislação eleitoral.
“É importante deixar claro que a eleição de 2026 não vai atrapalhar a dinâmica da Casa. Podemos até ter menos sessões, mas o trabalho continuará voltado para garantir que a população de Salvador se sinta representada pelos vereadores que escolheu”, concluiu.
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