'Não vamos abrir mão de ouvir Rui Costa na CPI', diz Kelps Maia
Capitão Alden participa do encontro e afirma que o deputado Kelps tem mostrado resultados efetivos no combate à pandemia

Foto: Reprodução
O deputado Capitão Alden (PSL-BA) esteve com o deputado Kelps Lima (Solidariedade-RN) na Rádio Brado, nesta segunda-feira (25), falando sobre a CPI do Rio Grande do Norte que investiga o Consórcio Nordeste e a compra dos respiradores.
Kelps Lima é o presidente da CPI, instaurada na Assembleia Legislativa do Estado. Segundo ele, a comissão seguiu a trilha do dinheiro até uma compra de 300 respiradores feita pelo Consórcio Nordeste, que reúne todos os governadores da região.
“Este sim tem mostrado resultados efetivos no combate à pandemia”, diz o Capitão Alden sobre Kelps Lima.
Em relação à Bahia, o Capitão Alden afirmou foram gastos R$ 243 milhões nas compras de respiradores. “Infelizmente a Assembleia Legislativa ainda não entendeu ser importante a abertura da CPI da Covid na Bahia”, disse.
“A Bahia está no epicentro deste caso de corrupção, membro diretos do governo do estado estão envolvidos. Não podemos convocar Rui Costa como governador da Bahia, mas como presidente do Consórcio Nordeste. Vamos marcar a data para que ele seja convocado na CPI, não vamos abrir mão da sua presença. Já foi convocado o ex-secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, que já informou que ficará em silêncio”, informou Lima.
Os parlamentares participantes da CPI no Rio Grande do Norte informam que quase R$ 50 milhões foram gastos sem que nenhum aparelho fosse entregue. De acordo com o presidente da Comissão, três políticos petistas, entre eles o governador Rui Costa, da Bahia, e o prefeito Edinho Silva, de Araraquara, podem estar envolvidos no esquema.
“Os deputados que estão na CPI são completamente livres de amarras. A participação do Capitão Alden na CPI será muito importante, ele tem muito estudo em relação ao caso das compras de respiradores”, ressaltou Kelps Lima.
Quebra de sigilo
Durante o programa, o deputado Kelps informou que, no dia 14 de outubro, a Comissão aprovou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, bancário e fiscal do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Eduardo Gabas. Ele foi intimado, como investigado, a depor na CPI, mas permaneceu em silêncio durante todo o tempo da sessão do dia 6 de outubro.
Gabas conseguiu na Justiça do RN um habeas corpus que o deu o direito de não responder nenhum questionamento, incluindo "o privilégio contra a autoincriminação", segundo a decisão.
“Tivemos acesso ao sigilo de Eduardo Gabas que desnuda todo o esquema. Por causa disso, Gabas pediu uma habeas corpus e ficou em silêncio durante todo o depoimento. Atitude feita por aqueles que tem o que esconder e não querem ser incriminados”, frisou Kelps Lima