"Nenhuma forma de ameaça à Democracia pode ser tolerada", diz nota dos partidos políticos contra Bolsonaro
Declarações feitas ontem por Bolsonaro foram consideradas como ameaça às eleições de 2022

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Os dirigentes dos partidos políticos do Brasil, ACM Neto (DEM), Baleia Rossi (MDB) e Eduardo Ribeiro (Novo), entre outros, emitiram neste sábado (10) uma nota em que diz "nenhuma forma de ameaça à Democracia pode ou deve ser tolerada". O posicionamento acontece após ameaça do presidente Jair Bolsonaro contra eleições.
"Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável. (...) Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto", diz parte do documento.
Nessa sexta-feira (9) Bolsonaro voltou a falar sobre a credibilidade das urnas eletrônicas e criticou o sistema eleitoral brasileiro. “Não tenho medo de eleições, entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma [como é hoje], corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, disse Bolsonaro a eleitores que o esperavam na saída do Palácio da Alvorada.
Confira a nota emitida pelos dirigentes:
EM DEFESA DOS VALORES DEMOCRÁTICOS
A Democracia é uma das mais importantes conquistas do povo brasileiro, uma conquista inegociável.
Nenhuma forma de ameaça à Democracia pode ou deve ser tolerada. E não será.
Nas últimas três décadas, assistimos a muitos embates políticos, tivemos a sempre salutar alternância de Poder, soubemos conviver com as diferenças e exercer com civilidade e responsabilidade o sagrado direito do voto.
Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável.
São as eleições que garantem a cada cidadão brasileiro o direito de escolher livremente seus representantes e gestores.
Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto.
Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição.
ACM NETO (DEMOCRATAS), BALEIA ROSSI (MDB), BRUNO ARAÚJO (PSDB), EDUARDO RIBEIRO (NOVO), JOSÉ LUÍS PENNA (PV), LUCIANO BIVAR (PSL), PAULINHO DA FORÇA (SOLIDARIEDADE) e ROBERTO FREIRE (CIDADANIA)


