Netanyahu acusa França, Reino Unido e Canadá de encorajar o Hamas
Representantes dos países afirmaram que não ficariam "de braços cruzados" diante das "ações ultrajantes" do governo

Foto: Reprodução/X
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta-feira (22) a França, o Reino Unido e o Canadá de incentivar "os assassinos em massa do Hamas". Ele disse isso após Paris, Londres e Ottawa terem denunciado o que classificaram de "ações escandalosas" do governo de Israel em Gaza.
A declaração de Netanyahu foi uma reação a uma declaração conjunta publicada na segunda-feira (19) pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e pelos primeiros-ministros britânico e canadense, Keir Starmer e Mark Carney.
Os representantes da França, Reino Unido e Canadá avisaram que não ficariam "de braços cruzados" diante das "ações ultrajantes" do governo israelense em Gaza, embora reconheçam o direito de "defesa" e insistam para que o Hamas liberte os "reféns que tem mantido tão cruelmente desde 7 de outubro de 2023".
“Nós nos opomos firmemente à extensão das operações militares israelenses em Gaza”, disseram eles.
Os representantes também ameaçaram que "se Israel não puser fim à nova ofensiva militar e suspender suas restrições à ajuda humanitária, tomaremos outras medidas concretas em resposta". Também acrescentaram que estavam determinados a reconhecer um Estado palestino como "uma contribuição para a obtenção de uma solução de paz duradoura" para o conflito israelo-palestino.
Em um vídeo em inglês, em referência aos líderes francês, britânico e canadense, o premiê isralense disse que eles "podem pensar que estão promovendo a paz, mas não estão".
“Eles estão incentivando o Hamas a continuar lutando para sempre e estão dando a eles a esperança de estabelecer um segundo Estado palestino, a partir do qual o Hamas tentará mais uma vez destruir o Estado judeu”, acrescentou.