No Dia do Consumidor, veja lista de golpes e como evitá-los

As fraudes possuem o objetivo de adquirir informações pessoais das vítimas, por isso exploram mais o psicológico delas

Por Da Redação
Ás

No Dia do Consumidor, veja lista de golpes e como evitá-los

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Na pandemia, os golpes contra consumidores chegaram a triplicar. De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), as fraudes envolvem manipulação psicológica das vítimas com o objetivo de adquirir informações pessoais, como número de cartões e senhas. 

Entre os golpes mais comuns registrados em 2021, está o do falso motoboy, da troca de cartão, de pedidos de dinheiro pelo WhatsApp e da falsa central ou do falso funcionário de banco.

Diante disso, no Dia do Consumidor, celebrado nesta terça-feira (15), confira uma lista com os principais golpes par alertar compradores. Veja:

1. Golpe do falso motoboy

Como é: O golpe começa quando o cliente recebe uma ligação de alguém que se passa por funcionário do banco e que diz que o cartão da eventual vítima foi fraudado. O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. Daí outra pessoa aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

Como evitar: Os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até sua casa para buscá-lo. Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada a ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.

2. Golpe da falsa central de atendimento

Como é: O golpista entra em contato com a vítima e se passa por funcionário do banco ou empresa que ela utiliza. Ele diz que a conta foi invadida, clonada ou teve algum outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. Pede que ela ligue para a central do banco, no número que aparece atrás do cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da conta, dos cartões e, principalmente, a senha.

Como evitar: Caso receba esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição pelos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente para pedir senha ou número do cartão e também nunca liga para pedir que se realize uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

3. Golpe no WhatsApp

Como é: Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, eles tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.

Então, os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp e fingem ser do serviço de atendimento ao cliente do site de vendas ou da empresa na qual a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, e afirmam tratar-se de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos.

A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, e pedem dinheiro emprestado.

Como evitar: Primeiro, proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em Conta, depois em Confirmação em duas etapas e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui o risco de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código de segurança. Caso receba mensagens de parentes ou conhecidos com pedido de empréstimo, confirme a identidade de quem está do outro lado.

4. Golpe da troca do cartão

Como é: Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com cartão e senha, fazem compras usando o dinheiro da vítima. O mesmo pode acontecer com desconhecidos que oferecem ajuda no caixa eletrônico. Eles se aproveitam de alguma dificuldade no terminal eletrônico para pegar rapidamente o cartão da pessoa e depois devolver um que não é o dela, ao mesmo tempo em que espiam a senha.

Como evitar: Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo a outra pessoa. Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco devidamente uniformizados e não aceite ajuda de desconhecidos.

5. Golpe do link falso

Como é: Esse é um golpe em que normalmente ofertas muito atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas. Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por meio de links maliciosos e permitem que os golpistas acessem todas as suas contas.

Como evitar: Desconfie de mensagens que você não pediu nem aprovou e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique atento ao email do remetente. Empresas de grande porte não utilizam contas privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam @gov.br ou @org.br. Em caso de links, confira se o endereço da página corresponde ao correto. Se tiver dúvida, não clique.

6. Golpe do falso leilão

Como é: Os golpistas criam sites falsos de leilão para anunciar todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado. Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix para assegurar a compra. Geralmente apelam para a urgência em fechar o negócio, dizendo que você pode perder os descontos. Mas nunca entregam as mercadorias pagas. Além disso, os fraudadores podem se aproveitar para roubar informações importantes como CPF e número de conta das vítimas.

Como evitar: Sempre pesquise a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para contas de pessoas físicas.

7. Golpe do falso empréstimo

Como é: Organizações criminosas se passam por falsas instituições financeiras e oferecem empréstimos com condições muito vantajosas para o consumidor. As quadrilhas fazem anúncios em sites na internet e oferecem crédito, com condições muito atrativas e prometem liberação fácil de dinheiro para consumidores negativados. Quando o interessado preenche o cadastro nesses sites fraudulentos, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um suposto contrato, mas, sem que o usuário perceba, colocam cláusulas que impõem multas, caso haja desistência. Para que o falso empréstimo seja liberado, os bandidos pedem o pagamento de taxas e impostos e dizem que a prática é normal.

Como evitar: A Febraban alerta que não existe nenhum tipo de empréstimo em que a pessoa tenha que fazer algum tipo de pagamento antecipado, seja de impostos, seja de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas, e esclarece que esse tipo de abordagem é fraude. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não tem que pagar nada para obter o empréstimo. Desconfie de sites na internet que oferecem crédito com condições vantajosas. Sempre pesquise e verifique se a instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos.

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