Nos pênaltis, Bahia bate Fortaleza e reedita final da Copa do Nordeste do ano passado contra Ceará

Bahia e Ceará reeditarão a final da Copa do Nordeste de 2020. Neste sábado (24), no Castelão, o Tricolor empatou no tempo normal em 0 a 0 com o Fortaleza, mas venceu nos pênaltis por 4 x 3, em confronto válido pelas semifinais da competição nordestina. O Esquadrão irá em busca do tetracampeonato da Lampions League, enquanto o Vozão vai tentar o tricampeonato. O primeiro jogo da decisão já será no próximo sábado (1), em Pituaçu.

Não com muita superioridade, mas o Fortaleza foi melhor em campo. Tendo mais facilidade para fazer as transições entre defesa e ataque, e aproveitando bem os espaços do Bahia, o Leão do Pici foi quem mais esteve perto de sair vitorioso na etapa inicial.

Rossi teve uma ótima oportunidade de abrir o placar aos 37 minutos. o atacante recebeu lindo lançamento em profundidade pela lateral, seguiu em velocidade, mas pressionado, finalizou mal e a bola saiu pela linha de fundo.

A primeira boa chance aconteceu aos seis minutos de jogo, e quase foi um golaço. Após o Fortaleza recuperar a posse de bola no meio campo, Wellington Paulista viu Matheus Teixeira adiantado e bateu por cobertura, e a bola foi com muito perigo pela linha de fundo. Seria um gol de placa no Castelão.

A única boa oportunidade ter acontecido somente nos minutos inicias representam o que foi boa parte dos 45 minutos. Uma partida truncada, sem grandes criações de jogadas e por certos momentos faltoso. 

Descontente com a chance desperdiçada, Rossi teve outra oportunidade, essa mais clara. Aos 41 minutos, após receber passe dentro da área, atacante dominou e soltou um foguete para o gol, e a bola tocou no travessão de Felipe Alves. Quase o Tricolor abre o marcador.

O primeiro tempo realmente não estava favorável para Rossi. Aos 44 minutos, o búfalo foi ter outra chance, quando após levantamento para área, a zaga do Fortaleza bateu cabeça e a bola sobrou para o atacante, mas ele encheu o pé e mandou a bola por cima.

Sem nada mais que chamasse atenção na primeira etapa, o confronto foi para o intervalo empatado sem gols.

No retorno para segunda etapa, o jogo permanecia truncado, porém agitado. Se tornou uma partida mais lá e cá, porém com o Bahia tendo voltado superior, apesar de poucas chances comparado ao final da etapa inicial.

Aos 12 minutos, Tachiano teve nos pés a chance de abrir o placar. Em contra-ataque, o meia finalizou da entrada da área, e a bola saiu pela linha de fundo.

O Fortaleza, que até então não havia finalizado nenhuma vez com perigo só foi chegar com perigo aos 23 minutos, quando Éderson soltou um chute rasteiro de fora da área, e a bola passou com muito perigo pela linha de fundo.

Aos 25 minutos, mais uma chance para o Bahia, e quem desperdiçou? Rossi. Após cruzamento de Nino Paraíba para dentro da área, a bola sobrou para o búfalo, que finalizou com bastante perigo pela linha de fundo. 

A partida permaneceu bastante pegada e pouco criativa até o fim da segunda etapa, o que fez a vaga para a final ser decidida nos pênaltis.

Nas cobranças do Bahia, marcaram Gilberto, Matheus Galdezani, Rodriguinho e Conti. Matheus Teixeira ainda defendeu as cobranças de Bruno Melo e Róbson. O placar final terminou em 4 a 2 em favor do Tricolor baiano.

Análise do Bahia na partida

Com emoção e sufoco o Bahia passou para a grande decisão esta noite, mas o desempenho em campo deixou bastante a desejar. Por momentos disperso e demonstrando cansaço em campo, decorrência do pouco tempo de descanso que envolveu a viagem para o Uruguai e Ceará, o Tricolor foi por momentos uma equipe preguiçosa em campo, algo justificável e até compreensível pelo pouco tempo de preparação. Ao menos o time se mostrou inteiramente disposto a chegar até o fim do tempo normal ainda com chances de se classificar e foi bem sucedido.

Agora o maior desafio do Bahia está traçado. O Ceará disputa o melhor futebol do nordeste no momento, e o Tricolor precisará jogar muito para tentar superar o Vozão. Diferente do ano passado, quando teve o mesmo adversário a sua frente, os comandados de Dado Cavalcanti não podem dar brechas para que os cearenses tomem conta do jogo, porque uma vez que isso aconteça, torna-se mais difícil equilibrar as ações e superar o adversário. O Bahia terá que jogar muita bola para conquistar o tetra.