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Nova regra fiscal “sólida e crível” pode reduzir inflação de forma “benigna”, diz Banco Central

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Nova regra fiscal “sólida e crível” pode reduzir inflação de forma “benigna”, diz Banco Central

O Copom detalhou o cenário econômico considerado na última decisão para a manutenção da Selic em 13,75%

Por Da Redação
Nova regra fiscal “sólida e crível” pode reduzir inflação de forma “benigna”, diz Banco Central
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A materialização de um cenário com uma nova regra fiscal “sólida e crível” poderá trazer um processo de desinflação “benigno”. Foi o que informou o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) nesta terça-feira (28) em ata. No documento, o Copom detalhou o cenário econômico considerado na decisão de quarta-feira passada para a manutenção da Selic em 13,75% a.a.

“O Copom enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, as projeções da dívida pública e aos preços de ativos”, disse o BC.

“No entanto, o Comitê destaca que a materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas, ao reduzir as expectativas de inflação, a incerteza na economia e o prêmio de risco associado aos ativos domésticos”, complementou.

A apresentação da nova regra fiscal pode ocorrer nesta semana. Inicialmente prevista para abril, a divulgação pode ser antecipada após o cancelamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China por causa de um diagnóstico de pneumonia leve.

O Copom avaliou, também, que o compromisso do Ministério da Fazenda em demonstrar responsabilidade fiscal “atenua estímulos sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação no curto prazo”. O que deve ser observado de perto, agora, é o desenho da nova proposta e sua aplicabilidade.

Riscos externos

De acordo com o Copom, as pressões inflacionárias, a queda nos preços das commodities e a desaceleração da atividade econômica global estão entre os motivos externos que levaram à manutenção da taxa de juros em 13,75%.

Além disso, a autoridade cita as condições adversas no sistema financeiro, motivadas pelas recentes turbulências no setor bancário. A quebra do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, nos Estados Unidos, e a fusão do Credit Suisse ao UBS derrubaram as bolsas na última semana, elevando o clima de incerteza.

Os integrantes do Copom ainda destacaram que a Selic foi mantida em 13,75% ao ano em razão do balanço de riscos e o “amplo conjunto de informações disponíveis”.

Segundo o informe, “o Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”. E reforça que esta decisão contribui para a estabilização de preços, assim como implica na suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.
 

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