Novas normas trabalhistas vão gerar economia de R$ 68 bi

As mudanças abrangem três das 36 normas reguladoras

[Novas normas trabalhistas vão gerar economia de R$ 68 bi]

FOTO: José Cruz/Agência Brasil

Sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro ontem (30), as novas normas de segurança e saúde do trabalho, gerarão economia de pelo menos R$ 68 bilhões nos próximos dez anos. Tal estimativa foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia durante a solenidade de assinatura das novas regras.

Essas mudanças abrangem três das 36 normas reguladoras (NRs). A NR 1, que trata das disposições gerais sobre saúde e segurança no trabalho; e a NR 12, que dispõe sobre a segurança na operação de máquinas e equipamentos, tiveram a redação modernizada, com regras menos rígidas. A NR 2, que previa inspeções prévias, foi revogada.

De acordo com o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, em reportagem da Agência Brasil, todas as normas foram debatidas por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores na Comissão Tripartite Paritária Permanente. Além disso, ele reiterou que os padrões internacionais de diálogo social e de segurança continuarão a ser respeitados e que a revisão das normas teve como objetivo reduzir a burocracia e o custo Brasil (custo para produzir no país).

Simplificação

A NR 1 terá tratamento diferenciado para os pequenos empregadores, flexibilizando as regras de segurança e de saúde. Com isso, as micro e pequenas empresas serão dispensadas de elaborar programas de prevenção de riscos ambientais, de controle médico e de saúde ocupacional, caso não atuem em atividades com riscos químicos, físicos ou biológicos.

O novo texto da NR 1 também moderniza as regras de capacitação. O tema que, estava disperso em 232 itens, subitens, alíneas ou incisos de outras NRs, agora terá um capítulo exclusivo dentro da norma. Será permitido o aproveitamento total ou parcial de treinamentos quando um trabalhador muda de emprego dentro da mesma atividade. E, segundo a SPE, essas medidas devem gerar economia de R$ 25 bilhões em dez anos.

Com relação à NR 12, criada na década de 1970 e revisada em 2010, era considerada de difícil execução, pois não estava alinhada com normas internacionais de proteção de máquinas e trazia insegurança jurídica por dúvidas sobre a correta aplicação. De acordo com a SPE, a atualização reduzirá os custos para a indústria em R$ 43,2 bilhões nos próximos dez anos, resultando em aumento de 0,5% a 1% da produção industrial.

Já a NR 2, com redação de 1983, exigia uma inspeção do trabalho prévia para abrir pequenos negócios, como lojas em shopping. De acordo com o Ministério da Economia, a revogação diminui a burocracia e reduz a intervenção estatal na iniciativa privada.


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