Presidente da Eletrobras Furnas defende privatização da estatal

Além da privatização, Furnas planeja corte no quadro de funcionários; presidente disse nesta terça-feira que é desnecessária uma eventual intervenção do Estado no setor elétrico nacional

[Presidente da Eletrobras Furnas defende privatização da estatal]

FOTO: ABR

Luiz Carlos Ciocchi, presidente da Furnas, subsidiaria da Eletrobras, afirmou nesta terça-feira (30) que não acha necessária a intervenção do Estado no setor elétrico nacional. 

O presidente Ciocchi, que tem pouco mais de três meses no cargo, afirmou que "mesmo considerando o caráter estratégico do setor elétrico e as dimensões continentais do país”  não enxerga o porque do Estado ter que ser o controlador do capital das empresas. 

“Ele pode ser o controlador por meio de mecanismos de voto e veto. Funciona bem em vários negócios", afirmou Ciocchi, que também defendeu os mecanismos dos leilões.  "No caso de uma necessidade identificada que não atraiu interessados em leilão, entra o papel do Estado, que, sem precisar ter uma empresa, pode licitar ou fazer uma PPP (parceria público privado)", afirmou o presidente da Furnas.

Na coletiva o presidente ainda afirmou que pretende reduzir o número de funcionários da empresa. Em breve, a Furnas irá lançar um programa de demissão voluntária que planeja retirar do quadro de funcionários, 1.249 trabalhadores.

“Os planos de demissão consensuada dependem da Eletrobrás, que procura fazer isso de uma forma uniforme e ao mesmo tempo em todas as empresas. Esse número vem decrescendo a taxas significativas. É difícil. Mas temos o direcionamento de que não podemos comprometer nossas operações”, afirmou.

A Eletrobras é uma das maiores estatais nacionais, tendo 21 empresas subsidiarias, dentre elas, a já mencionada, Furnas e a Chesf.

 

Tendência da privatização no Brasil gera bilhões

Divulgada nesta segunda-feira (29) pelo Ministério da Economia, o Brasil já soma mais de U$19 bilhões investidos em privatizações. Os dados são referentes a janeiro até julho de 2019 contando com as desestatizações, desinvestimentos e concessões na área de infraestrutura.    

Segundo o Ministro da Economia, Salim Mattar, a expectativa é que em 2022 seja injetado mais 990 bilhões de reais nessa receita, valor próximo ao que deve ser economizado com a reforma da previdência.
 


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