Nove países da América latina já adiaram eleições em virtude da Covid-19
A Venezuela prevê o pleito para dezembro

Foto: AIZAR RALDES / AFP
A pandemia causada pela Covid-19 já fez com que nove países da América Latina adiassem as eleições presidenciais, regionais e referendos que, na maioria dos casos, ainda não têm data para acontecer.
Um dos casos mais complicados é a Bolívia, que tinha o pleito marcado para o dia 3 de maio que iria eleger um novo presidente e renovar sua Assembleia Legislativa. O pleito foi suspenso pelo Tribunal Supremo Eleitoral, que agora aguarda uma votação do Parlamento para definir a nova data.
No caso do Chile, o cenário é relativamente mais tranquilo. O referendo sobre a elaboração ou não de uma nova Constituição passou do final de abril para o final de outubro. A nova data acalmou um pouco os ânimos e limitou os questionamentos ao governo do presidente Sebastián Piñera, às voltas com protestos desde o segundo semestre do ano passado.
Na Colômbia, Uruguai, Paraguai, México e Argentina foram suspensas eleições municipais, ainda sem previsão. No Peru, o governo do presidente Martín Vizcarra declarou estado de emergência, e autoridades eleitorais suspenderam eleições municipais no departamento (estado) de Ayacucho.
Desafio inédito
A República Dominicana acaba de definir a nova data de sua eleição presidencial, que passou de 17 de maio para 5 de julho. Para a diretora do observatório eleitoral, “trata-se de um exemplo interessante porque a Junta Central Eleitoral do país pediu a opinião de todos os partidos políticos, antes de anunciar sua resolução”.
Na Venezuela de Nicolás Maduro, um dos países mais vulneráveis ao coronavírus, o Conselho Nacional Eleitoral prevê eleições legislativas em dezembro. A ala mais dura da oposição, liderada por Juan Guaidó, por enquanto não pretende participar.