Novo ministro de Lula mandou R$ 30 milhões à prefeitura do pai, afirma coluna
Pedro Lucas Fernandes enviou recursos em emendas parlamentares para cidade do Maranhão

Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados
O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União-MA), nomeado como o novo ministro das Comunicações do governo Lula (PT), mandou R$ 30 milhões em emendas parlamentares para Arame, cidade maranhense de 25,5 mil habitantes que tem o pai Pedro Fernandes (União) como prefeito. As informações são da colunista Natália Portinari, do portal UOL.
Indicados desde 2020, os recursos foram destinados com prioridade para obras de pavimentação, administradas pelos ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional e das Cidades.
O parlamentar foi quem mais direcionou recursos para o Maranhão. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Pedro Lucas enviou R$ 104,7 milhões para o estado, enquanto a cidade de Arame recebeu R$ 30,2 milhões ao todo. O político era então líder do PTB na época, partido em que ficou até 2022 quando se reelegeu.
Escolha de Lula
Lucas foi indicado pelo União Brasil para assumir o posto no lugar de Juscelino Filho, demitido após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostos desvios em emendas parlamentares quando era deputado federal.
Conforme a ministra da SRI (Secretaria das Relações Institucionais), Gleisi Hoffmann, o deputado deve assumir o cargo após a Páscoa.
A escolha por Pedro Lucas já havia sido sinalizada pelo presidente Lula na quarta-feira (9), em Honduras, na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). O petista, no entanto, sacramentou a decisão após se reunir com o presidente do senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e dirigentes do partido.
Até então líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas é da ala governista da sigla e presidiu a Agência Executiva Metropolitana durante o governo Flávio Dino no Maranhão.
O afastamento de Juscelino da chefia da pasta das Comunicações foi uma promessa de Lula após a Polícia Federal ter concluído, em junho de 2024, que o ministro integrou uma organização criminosa. Na época, o presidente afirmara que o afastaria caso ele fosse denunciado. O agora ex-ministro já retomou seu mandato de deputado federal.
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