Um desenho preliminar do Renda Brasil, novo programa que substituirá o Bolsa Família, prevê um orçamento ao ano de R$ 51,7 bilhões e 57,3 milhões de pessoas beneficiadas (18,6 milhões de famílias), de acordo com proposta em discussão no Ministério da Economia. A remodelação do programa prevê o aumento do benefício médio de R$ 190,16 para R$ 232,31.

Atualmente, o Bolsa Família abrange 13,2 milhões de famílias, o que representa o benefício concedido a 41 milhões de pessoas e um custo de aproximadamente R$ 32 bilhões anualmente. Poderão integrar o programa, famílias com renda per capita mensal de até R$ 250, denominada linha de pobreza para acesso ao benefício. O limite atual é de R$ 178,00. 

O governo deseja já validar o Renda Brasil no segundo semestre. Para que isso ocorra, necessitará da aprovação de medidas no Congresso Nacional, incluindo uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alteração do abono salarial.

Parlamentares que defendem a prorrogação do auxílio terão que lançar nos próximos dias a Frente Parlamentar em Defesa da Renda Básica.

O Palácio do Planalto trabalha para que o Renda Brasil se torne uma alternativa para parte das famílias que passaram a receber as parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia da covid-19.