Novo secretário do Ministério da Economia diz que privatização dos Correios é prioridade
Para ele, instituição corre risco de virar dependente do tesouro nacional

Foto: Reprodução/Agência Brasil
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) foi para o topo das prioridades na lista de privatizações do governo, afirma o novo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord de Faria. Com uma postura pragmática, Mac Cord insiste na importância de privatizar a Eletrobras, mas vê o assunto tecnicamente esgotado e já fora do alcance da equipe econômica.
“Todas as questões técnicas estão superadas. A decisão política de levar qualquer projeto adiante ou não é dos políticos. O que eu posso fazer é levar elementos para essa decisão.” No caso dos Correios, ele acredita que três redução na construção do consenso. Primeiro, a greve de 35 dias foi um “tiro pela culatra” e prejudicou a própria imagem da empresa.
“A população não gostou, especialmente em um momento de pandemia e com dependência das entregas. É como se o Exército cruzasse os braços durante uma guerra. Isso nos revelamos como estamos expostos ao serviço.”, Mac Cord enxerga os Correios “na iminência” de se tornar uma empresa dependente do Tesouro. Para ele, é muito mais que um mero jogo de palavras.
“Mostra que a alternativa à privatização é caminhar na beira de um vulcão. De imediato, uma consequência de virar dependente é concorrente no orçamento com todo o resto da administração pública. As despesas dos Correios somam R$ 20 bilhões ao ano. Se esse valor entrar no Orçamento Geral da União, alguém perde cifra igual. E para que tenha uma ideia: isso equivale ao orçamento completo dos ministérios da Infraestrutura, de Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia. Eis o tamanho do problema.”