Novo tipo de jiboia-anã é descoberto na Amazônia equatoriana
A nova espécie, Tropidophis cacuangoae, recebeu nome em homenagem a uma ativista indígena
Uma nova espécie de cobra conhecida como jiboia-anã foi descoberta na floresta amazônica do Equador. O animal é considerado uma relíquia do mundo animal por possuir características primitivas. Um grupo de cientistas encontrou dois exemplares do animal na reserva nacional Colonso Chalupas, na província de Napo, e na reserva privada Sumak Kawsay, em Pastaza.
De acordo com os estudiosos, a pequena cobra pode ter até 20 centímetros de comprimento e com cores e padrões muito similares aos de uma jiboia convencional. A título de comparação, a espécia Boa, a mais conhecida das jiboias, pode chegar a quatro metros de comprimento.
A nova cobra foi batizada de Tropidophis cacuangoae, "em homenagem à ativista equatoriana Dolores Cacuango", pioneira na luta pelos direitos dos indígenas e fundadora das primeiras escolas bilíngues, assinalou o Ministério do Meio Ambiente equatoriano.
A nova espécie apresenta uma "pélvis vestigial, característica das serpentes primitivas, que é evidência da redução das extremidades nos répteis escamosos há milhões de anos, produto das pressões climáticas no período Quaternário", assinala Mario Yánez pesquisador do Instituto Nacional de Biodiversidade (Inabio) do Equador.
O Ministério do Meio Ambiente do Equador acrescentou que a descoberta elevou para seis o número de espécies do gênero Tropidophis, que é encontrado apenas na América do Sul. A nova espécie de jiboia-anã é considerada endêmica do Equador, ou seja, só lá que pode ser encontrada. Seu hábitat está nas florestas de altitude que são áreas chuvosas, úmidas e com neblina.