Número de católicos cai na Bahia, enquanto evangélicos e pessoas sem religião avançam, aponta IBGE
Estado tem terceira maior população católica do país, mas registra queda de 9,4% em 12 anos

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Dados do Censo Demográfico de 2022 divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (06) apontam que, embora o catolicismo continue sendo a religião predominante na Bahia, sua presença vem diminuindo ao longo dos anos. Atualmente, 57% da população baiana com 10 anos ou mais se declara católica, o equivalente a 7 milhões de pessoas, uma queda de 9,4% em relação a 2010.
Enquanto isso, outras crenças vêm ganhando espaço. Os evangélicos representam 23,3% da população baiana, somando cerca de 2,9 milhões de pessoas, um crescimento de 42,7% no mesmo período. Já o número de pessoas sem religião chegou a 1,6 milhão, representando 12,9% do total.
A capital Salvador, pela primeira vez, tem menos da metade de seus moradores identificados como católicos (44%). Ao mesmo tempo, a cidade lidera entre as capitais brasileiras em proporção de pessoas sem religião (18,5%).
Também houve crescimento expressivo das religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, que triplicaram na Bahia, passando de 42,9 mil para 123,3 mil adeptos entre 2010 e 2022. Em Salvador, esse grupo representa 2,8% da população.
Os dados mostram ainda mudanças no perfil etário e educacional dos fiéis: o catolicismo predomina entre os mais velhos, enquanto quase metade dos que não seguem religião tem até 29 anos. Já os espíritas e os praticantes de religiões afro-brasileiras concentram os maiores índices de escolaridade.