• Home/
  • Notícias/
  • Política/
  • Nunes tem 84% dos eleitores de Bolsonaro, e Boulos, 66% dos de Lula, segundo Datafolha

Nunes tem 84% dos eleitores de Bolsonaro, e Boulos, 66% dos de Lula, segundo Datafolha

Números variaram muito pouco, dentro das margens de erro do levantamento, ao longo do segundo turno

Por FolhaPress
Às

Nunes tem 84% dos eleitores de Bolsonaro, e Boulos, 66% dos de Lula, segundo Datafolha

Foto: Agência Brasil

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) chega à reta final da campanha em São Paulo com o apoio consolidado dos eleitores de seu padrinho político, Jair Bolsonaro (PL), mostra o Datafolha. Ele também atrai parte dos que votaram em Lula (PT) em 2022, herdados em sua maioria pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Nunes mantém 84% das intenções de voto entre quem votou no ex-presidente no pleito de 2022 e 26% entre quem votou no atual presidente, na penúltima pesquisa feita antes do segundo turno. A última será no sábado (26). Já Boulos tem 66% dos eleitores do petista e apenas 9% dos votantes de Bolsonaro.

Esses números variaram muito pouco, dentro das margens de erro do levantamento, ao longo do segundo turno. O apoio a Nunes pelos eleitores do petista foi o que mais oscilou negativamente (de 31% para 26% em duas semanas). Ainda assim, segue relevante.

Até o primeiro turno, o eleitorado bolsonarista ficou dividido entre Nunes e o influenciador Pablo Marçal (PRTB). O empresário tomou a dianteira nesse segmento durante a maior parte da corrida, mas, com sua derrota, o prefeito retomou a preferência majoritária entre os apoiadores do ex-presidente.

Desta vez, o Datafolha não perguntou aos entrevistados em quem eles votaram para governador em 2022, como aconteceu nas rodadas anteriores. O levantamento da semana passada mostrou que 81% dos que elegeram Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretendia optar por Nunes, e só 7%, por Boulos.

No cenário geral da pesquisa, a vantagem do prefeito sobre o psolista passou de 18 para 14 pontos. O emedebista agora reúne 49% das intenções de voto, contra 35% de seu adversário.

Encomendada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, a pesquisa entrevistou presencialmente 1.204 pessoas nesta terça (22) e quarta-feira (23) e está registrada na Justiça Eleitoral sob o código SP-07600/2024. O nível de confiança é de 95%, e a margem de erro geral é de três pontos percentuais, mas sobe para quatro pontos entre eleitores de Lula e cinco entre votantes de Bolsonaro.

BOLSONARO E LULA NAS CAMPANHAS

Uma aliança envergonhada marcou a relação entre Nunes e Bolsonaro nos últimos meses. Apesar de ter declarado apoio ao prefeito em janeiro, o ex-presidente só compareceu a um evento de sua campanha a cinco dias do segundo turno, na terça-feira.

Ao lado do governador Tarcísio, eles almoçaram com cerca de 400 empresários e políticos, gravaram um podcast, participaram de um culto e jantaram numa pizzaria. Os três, porém, fizeram discursos breves, acenos discretos e elogios pouco efusivos.

Bolsonaro não se engajou na campanha de Nunes temendo sofrer represálias de parte do seu eleitorado que preferia Marçal. Sua participação se restringiu à presença na convenção eleitoral, em agosto, e à indicação do vice na chapa, o policial militar bolsonarista Mello Araújo. Nunes também compareceu ao ato de 7 de Setembro na avenida Paulista.

Entre aliados do prefeito, havia dúvidas se a participação do ex-presidente no segundo turno seria benéfica. Eles pesavam sua rejeição perante o eleitorado paulistano e o fato de que Nunes, afinal, chegou à segunda etapa da disputa acirrada sem grande ajuda do padrinho.

A função de cabo eleitoral do prefeito, então, acabou sendo transferida para Tarcísio, que chegou a fechar sua agenda para se dedicar à reeleição do aliado. Na terça, o governador foi saudado pelos apoiadores como a pessoa que mais trabalhou na campanha e brincou que essa era a voz "do fim de campanha".

Em entrevista coletiva naquele dia, o ex-presidente minimizou sua ausência: "O que tinha que ser feito da minha parte, foi feito", disse.

Também negou ter apoiado Pablo Marçal, afirmando que "foi uma dor de cabeça enorme" desmentir a fala do influenciador de que receberia seu apoio, três meses atrás.

Do outro lado, a última semana da campanha de Boulos não contará com a presença de Lula. O presidente avisou ao psolista que não viajará a São Paulo no próximo sábado (26) para participar de um ato na avenida Paulista por recomendações médicas, após o acidente doméstico que sofreu no fim de semana passado.

O presidente, que vota em São Bernardo do Campo (SP), bateu a cabeça ao se desequilibrar de um banco e teve que tomar pontos na nuca, o que o fez cancelar também sua viagem à Rússia para a reunião do Brics. Ainda não há previsão de que ele participe de eventos online com Boulos.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), porém, foi às ruas com o psolista na noite de terça. Ele acompanhou Boulos no bar Estadão, na região central, e seguiu para um ato no Teatro Gazeta, na avenida Paulista. Alckmin apoiou Tabata Amaral (PSB) no primeiro turno, mas anunciou seu voto no deputado no segundo.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário