O debate sobre intercâmbio de vacinas

Confira o editorial desta sexta-feira (3)

[O debate sobre intercâmbio de vacinas]

FOTO: Arquivo/Agência Brasil

Primeira dose de uma fabricante, segunda da outra da vacina contra a Covid-19, um debate que há meses foi desencadeado na ciência, com resultados que sempre deixam margem para mais investigações, mas que agora entra na esfera política no Brasil para ser uma realidade nos braços da população.

Por exemplo, o governo de São Paulo admitiu, na quinta-feira (2), que o ideal seria aplicar uma vacina diferente da Coronavac para a terceira dose contra a Covid-19.

É a marca que mais se duvida da eficácia, seja por meio de apontamentos científicos, seja por questões políticas, por se tratar de uma vacina mais ligada a um governo não alinhado ao governo federal. 

No contexto da questão, o Ministério da Saúde defendeu que a dose de reforço deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, tida como uma das fabricantes - no mundo todo - mais 'robusta' na imunização contra a doença do novo coronavírus.

João Doria, no entanto, diz que a vacina de reforço deve ser a  "que tiver disponível no posto de saúde no momento", apesar de, publicamente - nas entrelinhas mais do que escancaradas -, já dizer que o melhor seria outra sem ser a Coronavac. 

Diferentes estudos estão apontando que, em geral, a aplicação de vacinas diferentes pode aumentar a resposta imunológica da doença. O principal deles, inclusive, descobriu uma melhor combinação. Segundo as pesquisas, os melhores resultados da mistura foram provenientes de uma primeira dose da Astrazeneca, seguida da Pfizer.

A questão está longe de um veredito e uma resposta exata, seja de um recente estudo dinamarquês, ou outro britânico, de meados de junho, por exemplo,  que mostram a 'boa proteção' do  intercâmbio de vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca e Pfizer, mas que assim como o índice de imunização de uma ou duas doses, não chegam a 100% - mas chegam muito perto, o bastante para não ter qualquer dúvida que, no momento, é importante se vacinar e aceitar as orientações científicas que lutam para aplacar de vez esse vírus.


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