Moda & Beleza
Aos detalhes...
Sarah Burton, diretora criativa da Alexander McQueen, se inspirou na anêmona para sua nova coleção. Para quem não sabe, aflor da anêmona tinha uma reputação quase assassina por ser símbolo de doença e morte. Já na mitologia grega é uma flor dos ventos (em grego, Anemoi) e de consolo, prendendo-se também ao amor entre Afrodite e Adónis. Quando este foi morto, a deusa do amor e da beleza sensual chorou muito e as suas lágrimas transformaram-se em anêmonas. Os antigos gregos acreditavam assim que a bela anêmona floresceu pela primeira vez das lágrimas da deusa Afrodite, misturada ao sangue de um javali que esventrou o seu amante Adónis, que era mortal por ser filho de seu avô, rei do Chipre, e da filha princesa que o próprio gerou, mãe de Adonis. O belo príncipe adorava caçar, morrendo no seu melhor pathos, mas traído pela beleza, com a inveja e ciúme que esta carrega. A marca com o nome do estilista britânico Alexander McQueen – que como Adonis faleceu jovem, aos 41 anos – apresenta uma nova coleção, com reprodução de imagens das brilhantes flores lobadas, filhas do vento, que vivem pouco tempo depois de florescerem, sendo também símbolo de abandono no significado das flores. Tudo isto faz sentido nesta coleção da Alexander McQueen, para o próximo outono-inverno, como resultado da inspiração da flor em si e também do significado que esta carrega; até como eventual referência à vida e morte do designer que a fundou em 1992, na medida em que se relacionam com a lenda e, simbolicamente, com a coragem e glamour que imprimem nos humanos um estado divino. Look Alexander McQueen inspirado na mãe de Adonis, transformada em árvore quando deu à luz - Foto: Paolo Roversi Look Alexander McQueen que remete a Perséfone, a deusa do submundo, que também se apaixonou por Adonis - Foto: Paolo Roversi
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