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O trabalho com as notícias

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O trabalho com as notícias

Por Erick Tedesco
O trabalho com as notícias
Foto: Divulgação

O Dia da Imprensa passou e sequer vi menções à data. Tudo bem, o que vale é o esforço do trabalho e a destreza do ofício. O 1º de junho refere-se ao dia em que, segundo constam em documentos históricos, circulou pela primeira vez – em 1808 – o Correio Braziliense, criado e produzido em Londres (Inglaterra) por Hipólito José da Costa, numa época em que a imprensa era proibida no Brasil. Bem diferente daquela época, pudera, a imprensa brasileira hoje é até livre demais. Com um Marco Civil da Internet ainda raso, são muitas brechas e pouca vigilância para supostas mídias online desabrochem em fake news e noticiários nada contundentes. 

Estas datas, aliás, sempre suscitam reflexões quanto sua existência. É para comemorar? Como? Que  tipo de debate se esperar entre os comunicólogos, entusiastas e aspirantes a profissionais da investigação e análise da informação em seus respectivos canais? Talvez a inércia diante do tema, seguir em frente e passar um sábado de rara folga sem esquentar os neurônios num tema que, convenhamos, nós jornalistas   de veículos noticiosos matutamos diariamente. 

Pensei errado. Já nas primeiras horas da manhã, num café com um colega jornalista, os afazeres, dilemas e futuro da comunicação social pautaram o encontro. Inevitável, porém, proveitoso. É a partir destes debates, corriqueiros e despretensiosos, que algumas máximas do ofício vêm à tona: não há assunto ou dilema que o jornalismo não possa meter o bedelho para propor diferentes entendimentos, além de tornar relevante e interessante todos aquelas temas quase deixados de lado por parecerem complexos a leigos. 

À tarde, basta assistir uma partida de futebol ou se entregar a pequenos deleites de horas folgadas, como as necessárias imersões junto à música, para mais uma vez lembrar do Dia da Imprensa. O jornalista, no fim, é incapaz de apenas ver TV ou ouvir música, tudo é passível de análise, tudo vira notícia. Não escrevo para veículos de música há pelo menos 5 anos, mas até hoje, não consigo assistir a um show e não ficar pensando a cada minuto como escreveria a resenha do evento. 

E é quando percebe-se que o Dia da Imprensa não serve para tentar solucionar crises no setor, apontar o dedo para o certo e separá-lo do errado, ou mesmo espernear sobre o sucateamento do jornalismo, mas apenas curtir o fato de ser comunicador e trabalhar com notícias, sentir o prazer e estar sempre motivado para cumprir este papel perante a sociedade. 

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