A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou por unanimidade uma resolução exigindo que a Nicarágua interrompa todas as violações dos direitos humanos e liberte os presos políticos. Desde os protestos de 2018 contra o ditador Daniel Ortega, centenas de opositores foram detidos no país. A resolução gerou controvérsia após o Brasil introduzir alterações no rascunho original apresentado pelos Estados Unidos, Canadá, Chile, Costa Rica e Antígua e Barbuda, tornando o documento menos incisivo.

Após um encontro com o Papa Francisco, Lula questionou a prisão de bispos na Nicarágua e afirmou que pretendia discutir o assunto com Ortega. Ele expressou preocupação com a situação da Igreja no país, destacando a detenção de padres e bispos. Lula declarou que a Igreja deseja a libertação do bispo para que ele possa ir para a Itália, e afirmou que tentaria ajudar caso fosse possível.

Daniel Ortega está no poder desde 2007 e foi reeleito em 2021 em eleições contestadas pela comunidade internacional e pela OEA. Em protesto contra o não reconhecimento do processo eleitoral, a Nicarágua solicitou sua retirada da organização, o que ocorrerá em novembro.