Ômicron, a nova volta da pandemia

Confira o editorial desta segunda (29)

[Ômicron, a nova volta da pandemia]

FOTO: Fernando Frazão/Abr

Um questionamento doloroso e que por tantas vezes evitado – até quando a humanidade e, principalmente a comunidade científica, vai tratar a Covid-19 como algo passageiro – pode ser a relevante mensagem da nova cepa da doença, a Ômicron, ao futuro. 

Aliás, esta foi uma das perguntas levantadas neste fim de semana pelo médico norte-americano Anthony Fauci, considerado um dos maiores especialistas do novo coronavírus do mundo.

Fauci, que é conselheiro médico chefe da Casa Branca, foi uma das primeiras autoridades de saúde a se destacar no assunto Covid e, com a nova variante deixando o mundo novamente em alerta para mais um agravamento da pandemia, continua levantando questões relevantes sobre a doença. 

O médico não desdenha da gravidade do momento e da Covid-19 nos Estados Unidos e no mundo; acredita que o país em que vive, assim como outras partes do globo, inevitavelmente enfrentarão uma nova onda da doença, e esse novo capítulo da luta contra o vírus evoca com força uma teoria: teremos que conviver com a Covid.

O temor de Fauci é um alerta a ser considerado, sem dúvida, por mais triste, preocupante e pessimista que seja imaginar um ambiente global onde a Covid-19 não seja erradicada por completo. O embasamento do médico, inclusive, é por meio de dados históricos. “Nós erradicamos apenas uma infecção, que é a varíola”, disse ele em entrevista.

Sem conclusões ou informações consistentes de como age a Ômicron, especialmente sobre sua letalidade e resistência a vacinas, a teoria de Fauci parece mesmo ser contundente neste momento. Não estamos nos finalmentes da pandemia, mas talvez em apenas mais um episódio deste início de ciclo de um novo vírus entre nós.


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