Ômicron deixa 10 capitais em alerta crítico e intermediário, afirma FioCruz

Apesar da realidade ser diferente da observada em 2021, pesquisadores alertam para um crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI

Por Da Redação
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Ômicron deixa 10 capitais em alerta crítico e intermediário, afirma FioCruz

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) divulgou uma nota técnica na quarta-feira (12) informando que um terço dos estados brasileiros e 10 capitais estão em zonas de alerta intermediário e crítico. A declaração é fruto da análise das taxas do dia 10 de janeiro em comparação com a série histórica e considerando a ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS).  

Segundo dados do Observatório Covid-19 da FioCruz, entre as capitais, Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) estão na zona de alerta crítico e Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%) na zona de alerta intermediário.

Ainda de acordo com a análise, até o momento, o patamar de leitos é diferente da realidade observada em 2021, mesmo assim, a Fundação alerta para um crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI frente a ampla e rápida proliferação da variante Ômicron no Brasil. No entanto, a autarquia diz que “menções a um possível colapso no sistema de saúde, neste momento, são incomparáveis com o que foi vivenciado em 2021”.

Os pesquisadores do Observatório Covid-19 salientam ainda que o número de internações em UTI hoje é, até o momento, predominantemente muito menor do que o observado em 2 de agosto do ano passado, quando leitos começavam a ser retirados. Mas eles alertam que o grande volume de casos já está demandando de gestores atenção e o acionamento de planos de contingência.

“Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, consideramos fundamental ratificar a ideia de que temos um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da Covid-19 pela Ômicron. Não podemos deixar de considerar o fato de a ocupação de leitos de UTI hoje também refletir o uso de serviços complexos requeridos por casos da variante Delta e casos de Influenza”, disseram os pesquisadores.

Os cientistas alertaram também para a necessidade de reorganizar a rede de serviços de saúde devido aos desfalques de profissionais afastados por terem contraído a Covid-19; garantir a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes empregando, por exemplo, teleatendimento; e prosseguir com a vacinação da população.

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