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Ômicron deve impactar turismo no 1º trimestre, afirmam entidades do setor

Entidades temem que nova variante cause impacto na recuperação do setor

Por Da Redação
Às

Ômicron deve impactar turismo no 1º trimestre, afirmam entidades do setor

Foto: Getty Images

O avanço da variante Ômicron, do coronavírus, suspendeu cruzeiros, cancelou voos e adiou pacotes de viagens. Isso tem causado um temor no setor de turismo, pois a recuperação do setor pode ficar, novamente, abalada. 

Após perderem cerca de 36% da receita em 2020, primeiro ano de pandemia no Brasil, as empresas de turismo ganharam fôlego extra no ano passado com o avanço da vacinação, segundo informações da Confederação Nacional do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No ano passado, o faturamento do setor chegou a crescer 22,5% com a demanda forte para o início deste ano.

No entanto, nova variante pode frustrar os planos do setor de turismo no país. Dados do levantamento do CNC, divulgado pelo G1, mostram que o turismo avançou 4,2% em volume de receita em novembro do ano passado, mas ainda continua 16,2% abaixo do total registrado no período pré-pandemia.

O economista sênior da CNC, Fábio Bentes, afirmou que o setor deve apresentar resultados inferiores este ano não só pela variante Ômicron, mas pela crise econômica do país, que afeta o poder de compra do brasileiro. "A gente previu a abertura de 80 mil vagas temporárias para a alta temporada. Vamos ter de revisar esse número porque não haverá mais trabalho para todo mundo, principalmente com a suspensão dos cruzeiros no país", disse Bentes ao G1.

 

O primeiro ano de pandemia no Brasil causou uma queda de 58% dos ganhos das agências entre 2019 e 2020 — de R$ 33,9 bilhões para R$ 14 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) divulgados pelo G1. “Em março de 2020, o mundo se fechou. Não havia hotel, restaurante, passeios, nada. O faturamento foi a zero por quatro a cinco meses”, conta Ana Carolina Medeiros, presidente em exercício da Abav .

Muitas agências de viagens têm buscado hospedagens e passeios que minimizem o risco de contágio. Mas a Abav já reconhece que as novas contratações de viagens, para o meio de ano, estão em compasso de espera. De acordo com a presidente da entidade, muitos contratantes ainda tentam compreender melhor os riscos e efeitos da nova variante. 

Medeiros conta, ao G1, que até o momento,  há poucos adiamentos e apenas os mais cautelosos já cancelaram viagens. “A procura está mais baixa e, se essa compra não vier, não tem um plano B. Seria desesperador. Mas o setor está otimista de que tudo vai passar rápido com esse patamar de vacinação”, diz a presidente da Abav. 

A empresa de turismo CVC conta, em entrevista ao G1, que os destinos nacionais e, principalmente, regionais, concentram quase toda a preferência dos brasileiros por viagens em janeiro. E que uma das ações temporárias da empresa para enfrentar a crise é o fretar voos para o nordeste do país, uma das regiões mais procuradas do Brasil no verão.

Já o turismo internacional, por outro lado, "está em recuperação mais lenta, devido a uma conjunção de fatores: pandemia, alta do dólar e inverno no exterior", informou a CVC, em nota ao G1.

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