A Organização Mundial da Sáude (OMS) alertou ontem (20) que o fenômeno da resistência antimicrobiana é tão perigoso quanto uma pandemia e pode destruir um século de progresso médico. 

A resistência aos antimicrobianos ocorre quando as bactérias, os vírus, fungos e parasitas são resistentes aos efeitos dos medicamentos, incluindo os antibióticos, o que dificulta o tratamento de infecções comuns e aumenta o risco de propagação de doenças. 

A OMS, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), lançou um grupo de alto nível "encarregado de combater a crise que se acelera da resistência aos medicamentos". 

"A resistência aos antimicrobianos não parece tão urgente como uma pandemia, mas é igualmente perigosa", afirmou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa.

Ainda segundo ele, a resistência aos antimicrobianos é "uma das maiores ameaças para a saúde do nosso tempo" que "poderia destruir um século de progressos médicos e nos deixa indefesos diante de infecções que hoje podem ser tratadas facilmente."