OMS alerta contra reação exagerada à variante Ômicron

Tedros Adhanom pede que fronteiras não sejam fechadas para países africanos

[OMS alerta contra reação exagerada à variante Ômicron]

FOTO: Getty Images

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu, nesta terça-feira (30), que os países africanos não sejam penalizados pela variante Ômicron do novo coronavírus. Em discurso de abertura na sessão de informação aos Estados-membros sobre a nova cepa, ele demonstrou preocupação com restrições que mais de 50 países impuseram para conter a disseminação. Segundo Adhanom Ghebreyesus, as medidas podem penalizar injustamente países africanos.

Desde que os primeiros casos foram registrados no continente, dezenas de países anunciaram o fechamento das fronteiras. “A resposta global deve ser calma, coordenada e coerente”, afirmou Adhanom. Apesar do posicionamento, o  diretor-geral disse entender a preocupação dos países em proteger os cidadãos contra a variante, mas reforçou que está “igualmente preocupado” com a introdução de “medidas contundentes e abrangentes que não são baseadas em evidências e que só irão piorar as desigualdades”.

Descoberta por cientistas sul-africanos, a nova cepa já está presente em 20 países, espalhando-se por cinco continentes. Enquanto boa parte do mundo desenvolvido e emergente já aplica injeções de reforço em suas populações, no entanto, nem 7% da população africana está completamente vacinada.

Até o momento, segundo a OMS, 56 países aplicam restrições de viagem para conter a doença, mas medidas genéricas "não irão impedir a disseminação internacional, além de pôr um fardo pesado em vidas e subsistências", afirmou.


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