ONGs denunciam mortes suspeitas de exploração de trabalhadores para Copa no Catar
Entidades pedem uma indenização pelos trabalhadores mortos

Foto: Reprodução/YouTube
A Copa do Mundo da Fifa será iniciada em 21 de novembro, com um duelo entre Senegal e Países Baixos. No entanto, a exatos quatro meses da cobertura esportiva, ONS e embaixadas de países questionam as diversas mortes de trabalhadores envolvidos em obras do mundial.
De acordo com o jornal britânico The Guardiam, cerca de 6.500 homens morreram entre 2011 e 2020 em construções para a Copa do Mundo.
Na maioria das vezes, não foi realizada uma autópsia nos corpos das vítimas, o que é julgado necessário pelas ONGs internacionais. Segundo o documento In the Primeof Their Lives, divulgado pela Anistia Internacional, o governo do Catar rotineiramente emite atestados de mortes de trabalhadores com nenhuma indicação sobre a causa da morte ou com informações vagas, como “causa natural” ou "falha cardíaca".
Diante disso, a Anistia Internacional, Human Rights Watch e outras oito organizações iniciaram em maio deste ano uma campanha para que a Fifa pague US$ 440 milhões (R$ 2,3 bilhões) a um fundo responsável por indenizar milhares de trabalhadores envolvidos nas obras da Copa do Mundo.
As instituições ainda ressaltam que a Fifa estima uma receita de US$ 6 bilhões (R$ 32 bilhões) com a Copa do Mundo de 2022, tornando os US$ 440 milhões exigidos uma “pequena porcentagem”.