ONU: Agência pede a países do G-20 que não deixa a insegurança alimentar se agravar por falta de comida
Guerra da Ucrânia agravou a crise alimentar em países mais vulneráveis, diz líder da FAO

Foto: FAO/Giuseppe Bizzarri
Em reunião com ministros da Agricultura dos países que integram o G-20, o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, pediu à comunidade internacional que não permitisse que a situação da crise alimentar se agravasse por falta de alimentos. O evento ocorreu nesta quinta-feira (29), em Bali, na Indonésia, um dos maiores importadores mundiais de trigo e farinha.
O líder da FAO lembrou que a guerra da Ucrânia agravou a situação de crise dos alimentos em países mais carentes, já que levou a restrições de acesso aos grãos ucranianos, aos óleos de cozinha e a outros alimentos vitais para os países mais vulneráveis. Qu Dongyu aproveitou para elogiar a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, que possibilitou a retomada da exportação de grãos ucranianos através do Mar Negro em meio à guerra.
Para impulsionar a resiliência a médio prazo, ele disse aos ministros que é crucial promover a inovação, investir em infraestrutura para reduzir a desigualdade, além de se baixar a perda e o desperdício de alimentos. No curto prazo, a sugestão é que se melhore o acesso à comida.
A FAO anunciou uma proposta de um Mecanismo de Financiamento à Importação de Alimentos. A agência elogiou o Fundo Monetário Internacional, FMI, por declarar a realidade atual uma “janela de choque alimentar” e incluir nos instrumentos de empréstimos de emergência.