ONU alerta para impacto de ataques russos na Ucrânia
Civis e infraestrutura civil continuam sendo afetados pelos bombardeios indiscriminados

Foto: UNICEF/Aleksey Filippov
A coordenadora humanitária das Nações Unidas na Ucrânia, Denise Brown, emitiu um alerta contundente sobre os contínuos ataques indiscriminados promovidos pela Rússia no país, que têm gerado impactos severos em civis e na infraestrutura civil.
Nesta segunda-feira, relatos das agências de notícias revelaram bombardeios em Odessa, após uma série de ataques na região sul da costa do Mar Negro. No domingo, a região de Zaporizhzhia também foi alvo desses ataques.
Denise Brown enfatiza que as comunidades do sul da Ucrânia, incluindo áreas como Kherson e Odessa, enfrentaram um fim de semana particularmente trágico, visto que os ataques resultaram em mortes e ferimentos significativos, incluindo crianças inocentes.
A coordenadora humanitária também destaca que os bombardeios têm prejudicado os trabalhadores humanitários, limitando a capacidade de prestar auxílio às pessoas que sofrem as consequências desse conflito devastador.
Ela relata que na sexta-feira, uma ONG parceira precisou interromper a distribuição de itens essenciais após um ataque danificar seu depósito e veículos na região de Kherson.
Denise Brown reforça a importância de respeitar a integridade de civis e infraestrutura civil, que não devem ser alvos de ataques.
O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (Ocha) já havia manifestado preocupação na semana passada quanto ao padrão de ataques em áreas povoadas, resultando em danos significativos à população civil.
Em outro incidente, um ataque em Zaporizhzhia danificou um hotel, onde um civil foi morto e outros ficaram feridos. Esse hotel é frequentemente utilizado por funcionários da ONU e outras organizações humanitárias.
O Ocha destaca a crescente necessidade de assistência na Ucrânia, alertando que, sem financiamento adequado, a capacidade de resposta humanitária poderá ser excedida. O Plano de Resposta Humanitária deste ano, que busca angariar US$ 3,9 bilhões, atualmente conta com apenas 30% de financiamento.