Operação Faroeste: desembargadores planejavam pressão em Rui Costa para reverter caso no STF

Em reportagem divulgada nesta terça-feira (22) pelo Estadão, o ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Gesilvaldo Britto, e a desembargadora Maria do Socorro, em troca de mensagens de áudios revelados pela  subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, mostra que os dois planejavam pressionar o governador da Bahia, Rui Costa, para que ele pudesse interceder junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, sobre o caso da Operação Faroeste, que investigação sobre suposto esquema de venda de sentenças no TJ baiano. 

Segundo a Polícia Federal, Maria do Socorro tinha à época, intimidade com o chefe do Executivo baiano e a primeira-dama, Aline Costa. 

"O pessoal tá comentando que Tofolli tá ligando pra Rui, tem alguma coisa de errado porque o Toffoli não tá nem recebendo Pinheiro o general sabe todo mundo que ele recebe, o general, há dias atrás já tinha me comentado, direto, sempre tinha me comentado, que ele não quer saber de papo com … éééé… com esse Pinehiro, nem com aquele ex-deputado Osmar Serraglio, que também vai lá pra ele receber e ele não recebe … aí tão falando que Toffoli mandou mensagem pra Rui? Tem alguma coisa de errado, eu se fosse o Senhor, a Doutora Socorro hoje está com a cabeça tranquila por causa desse negócio aí que aconteceu, graças a Deus, eu fosse … pegava a Doutora Socorro ia pra cima de Rui, eu acho que o Senhor tinha que ir pra cima de Rui com a Doutora Socorro pra matar esse problema", registra a transcrição do áudio apresentado pela subprocuradora ao relator do caso no STJ, Og Fernades. 

A desembargadora Maria do Socorro está presa em Brasília e o ex-presidente do TJ-BA, Gessivaldo Brito, foi afastado da função.