Região Nordeste fica em segundo lugar no índice de perdas de água no Brasil
Bahia tem o maior desperdício de água entre os estados do Nordeste

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A Região Nordeste ocupa a segunda posição no índice de perdas de água no Brasil, com desperdício de 45,7% de toda água que é produzida no país. O percentual significa que de cada 100 litros produzidos, 45 não é distribuído de forma regular à população da região. O resultado é apresentado no estudo "Perdas de água potável (2021, ano base 2019): Desafios para a disponibilidade hídrica e ao avanço da eficiência do saneamento básico".
De acordo com o estudo, sete estados da região Nordeste apresentam o Índice de Perdas na Distribuição maiores do que a média nacional, que é de 39,2%.
A Bahia tem o maior desperdício de água entre os estados da Região Nordeste, sendo o equivalente a perda diária de sete piscinas olímpicas com água potável. O volume de água desperdiçada no Brasil equivale a 7,5 mil piscinas olímpicas de água tratada.
O estado do Maranhão também aparece na primeira posição do indicador, sendo que mais da metade de toda água que é produzida no estado não chega de forma oficial para a população. O estado perde 349 piscinas olímpicas por dia.
Em contrapartida, o menor desperdício registrado é na Paraíba, que perde diariamente 68 piscinas olímpicas.
Em relação ao Índice de Perdas por Ligação (litros/dia), indicador que avalia o nível de perdas da água consumida em termos unitários, a região Nordeste tem perda de 346,39 L/ligação/dia, número considerado fora do padrão de excelência de 216 L/ligação/dia.
Já entre as dez cidades com piores Índices de Perdas na Distribuição, três municípios são da região Nordeste: São Luís (MA) com 63,78%; Paulista (PE) com 60,11% e Recife (PE), com 57,92%.
A pesquisa é do Instituto Trata Brasil, com parceria institucional da Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento (Asfamas) e com elaboração da consultoria GO Associados.
O estudo teve como base dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS/2019), com análise das 27 Unidades da Federação e as cinco regiões, além das 100 maiores cidades, com os mesmos municípios do Ranking do Saneamento Básico.