Operação Katharsis mira o braço financeiro do tráfico de drogas do Complexo do Caju
Agentes saíram para cumprir 11 mandados de busca e apreensão

Foto: Reprodução / TV Globo
A Polícia Civil do RJ deflagrou nesta quarta-feira (21), a Operação Katharsis, contra o braço financeiro do tráfico de drogas do Complexo do Caju, na região central do Rio. Agentes saíram para cumprir 11 mandados de busca e apreensão.
Não houve pedidos de prisão, mas um homem foi pego em flagrante por porte ilegal de armas.
Conforme as investigações da 17ª DP (São Cristóvão), os criminosos usavam a Cooperativa de Recicladores Ambientais Transformando para lavar dinheiro. A polícia afirma que a quadrilha movimentou, desde 2018, cerca de R$ 50 milhões.
Segundo a 17ª DP, somente a firma de catadores, que fica no Caju, movimentou R$ 18 milhões. A polícia afirma ainda que diretores da cooperativa também transferiram altas quantias nas contas pessoais e não as declaravam à Receita. O tesoureiro, por exemplo, recebia o Auxílio Emergencial.
Chefes na cadeia, mas no comando
Segundo os agentes, as transferências também beneficiavam os chefes da quadrilha. Muitos estão presos, mas continuam no comando das atividades criminosas.
É o caso de Luis Alberto Santos de Mouro, o Bob do Caju, encarcerado em Bangu 4. “Bob vem utilizando uma sofisticada estrutura empresarial para ocultar e lavar os valores advindos dos diversos crimes praticados pela facção”, afirma a 17ª DP.
As investigações apontam vários repasses para familiares das lideranças da facção, como a filha de Edmilson Ferreira dos Santos, o Samuca da Vila dos Pinheiros, e a companheira de Cicero Fernandes Bezerra da Silva, o Lobo.