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Operação Overclean: PF apura R$ 7,9 milhões em propina de contratos de pavimentação com emenda de Elmar Nascimento

Operação da Polícia Federal investiga pagamento de propina em contratos de pavimentação de R$ 51 milhões em Campo Formoso, na Bahia

Por Da Redação
Às

Atualizado
Operação Overclean: PF apura R$ 7,9 milhões em propina de contratos de pavimentação com emenda de Elmar Nascimento

Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

Agentes públicos receberam propinas que chegam a R$ 7,9 milhões em contratos investigados pela Operação Overclean, em Campo Formoso, na Bahia. As informações são de investigações da Polícia Federal (PF).

Conforme divulgado pela PF, o grupo criminoso ligado aos empresários Alex e Fabio Parente, donos da Alpha Pavimentações, pagou propina relacionada a dois contratos de pavimentação no município, os quais receberam R$ 51 milhões da prefeitura.

Por meio de indicação do deputado Elmar Nascimento (União-BA), a empresa foi contratada para executar dois projetos de pavimentação, financiados com emendas de relator de 2022 e liberadas pela estatal federal, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

A Prefeitura de Campo Formoso realizou as licitações, administrada por Elmo Nascimento (União), irmão do deputado. O então secretário-executivo do município e primo de Elmo, Francisco Nascimento (União), se uniu a Alex Parente para fraudar as licitações e tornar a Allpha empresa responsável pelas obras, segundo mensagens obtidas pela PF.

Após evidências de superfaturamento e falhas de execução nas obras, a PF enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), provas de que o grupo repassou o valor de R$ 7,9 milhões de dinheiro em espécie como propina pela participação nas fraudes.

Entre os registros estavam R$ 6,38 milhões enviados a Elmo, R$ 493 mil transferidos a Amaury Nascimento, ex-assessor de Elmar, R$ 318 mil a Francisco Nascimento, e R$ 4 mil ao pregoeiro Márcio Freitas dos Santos.

As investigações indicam que um suposto operador financeiro dos Parente, identificado como Clebson Cruz de Oliveira, realizava o transporte dos montantes em dinheiro, por modais terrestres e aéreos. Durante as apurações, a PF localizou possíveis repasses de propina de Clebson a Francisco Nascimento, em 2023 e 2024.

Entre as mensagens, a PF destaca que em uma das ocasiões Clebson informou a Francisco que tinha uma encomenda e entrega "exclusiva" para ele. Em outra, o suposto operador financeiro informa a Francisco que "tô com um negócio para te entregar".

Além das licitações fraudulentas da empresa de pavimentação, a PF já havia indícios de que Elmo Nascimento recebia propina pelo contrato que a prefeitura tinha com a empresa de limpeza urbana, Larclean, que também pertence a Alex e Fabio Parente. A PF ainda destaca que Elmo teve um encontro com Clebson na garagem de um edifício em Salvador, logo após a Larclean receber um pagamento da prefeitura.

Por meio de nota, Elmar negou qualquer irregularidade. Ele afirmou desconhecer a aplicação de valores indevidos em emendas parlamentares, sob a justificativa de que não cabe as competências de deputados federais realizar e organizar licitações municipais ou ordenar despesas municipais.

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