• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Operação prende quadrilha que pirateava material de cursos preparatórios para concursos públicos

Operação prende quadrilha que pirateava material de cursos preparatórios para concursos públicos

A polícia informa que quadrilha teve lucro de R$ 15 milhões e causou prejuízo de R$ 65 milhões

Por Da Redação
Ás

Operação prende quadrilha que pirateava material de cursos preparatórios para concursos públicos

Foto: Reprodução

Uma operação da Polícia Civil do Rio, na última terça-feira (21) prendeu nove pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que pirateava material de cursos preparatórios para concursos públicos. A ação foi batizada de Black Hawk. De acordo com as investigações, o bando agia há 20 anos. Eles invadiam sistemas dos cursos oficiais e pegavam o conteúdo deles. Depois, ofereciam o material pirata por cerca de 10% do valor original - que fica entre R$ 500 e R$ 10 mil. A quadrilha lucrou R$ 15 milhões.

Os cursos que tiveram conteúdos hackeados acumularam um prejuízo de cerca de R$ 65 milhões. Entre o material pirateado comercializado pelo bando havia os voltados para concursos da Polícia Civil de vários estados, além das polícias Federal e Rodoviária Federal.

De acordo com a Polícia Civil, um dos presos é Lothar Alberto Rossmann, de 71 anos. Ele foi localizado em casa, em Borda Mata, Minas Gerais. Na residência foram apreendidos R$ 15.600. Lothar tem conhecimentos avançados na área de Tecnologia da Informação (TI) e seria o responsável por quebrar a criptografia do streaming de vídeo dos cursos. Arquivos protegidos por senha eram desviados, salvos e transferidos para uma nuvem própria, onde as aulas eram disponibilizadas para clientes do bando.

Um desses clientes foi identificado pela polícia como sendo o funcionário do Tribunal de Contas de um estado. Ele usou a rede do local de trabalho para comprar um curso pirateado. A Polícia Civil informou que todos que compraram material da quadrilha podem responder por receptação, com pena de até quatro anos, e ser desclassificados dos concursos.

A polícia informou que o chefe do bando seria o ex-aluno da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) Antônio de Jesus Cabral, de 35 anos, preso em Vila Kosmos, na Zona Oeste do Rio. Ele é apontado como o responsável por gerenciar as plataformas da quadrilha e disponibilizar as aulas para os clientes.

Os investigadores afirmam que, para ocultar a grande movimentação financeira do banco, Antônio usaria parentes como laranjas. Um deles seria sua mãe. Dona de um modesto salão de beleza, Verônica de Jesus Cabral, de 56 anos, foi presa na Engenhoca, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. De acordo com as investigações, a mulher teve uma movimentação bancária de R$ 1,5 milhão e ganho líquido de cerca de R$ 500 mil em operações de bolsas de valores, como apontou o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Coaf.

Outro laranja apontado pela Polícia Civil, seria usado por Antônio seria seu irmão, um soldado da Polícia Militar, também preso nesta terça-feira.

A polícia disse ainda ter descoberto ainda mais um artifício que seria usado por Antônio para esconder o capital da quadrilha: manter os bens adquiridos em nome dos vendedores. Além disso, foi localizada por policiais uma empresa fantasma localizada em um shopping de luxo na capital paulista.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário