Operação Rastreio: estabelecimentos em 11 estados brasileiros são investigados em esquemas de roubo e furto de celulares
Investigações da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Propriedade Imaterial indicam que suspeito oferecia 'curso de desbloqueio' de celulares roubados

Foto: Reprodução/TV Globo
Cerca de 11 estados brasileiros são alvos de mais de 132 mandados de busca e apreensão, movidos pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), no Rio de Janeiro. Os mandados, cumpridos durante uma nova fase da Operação Rastreio, tem o intuito de combater o roubo e furto de celulares.
As ações acontecem nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Pará e Rondônia.
Nesta nova fase, as investigações buscam pessoas que forneciam aparelhos roubados para desbloqueio e renovação dos dispositivos, de modo a fingir legalidade. Parte dos suspeitos também são investigados por tentar acessar dados bancários das vítimas para realizar empréstimos e transações fraudulentas.
A polícia destaca que os endereços investigados tratam-se de lojas, boxes e quiosques de revenda de celulares.
A investigação começou em maio deste ano, com a prisão de Alan Gonçalves, apontado como referência em desbloqueio de celulares, que realizava os procedimentos de forma remota. Os agentes identificaram que Alan possuía uma rede de "clientes" por todo o país, e inclusive, oferecia cursos de como destravar diferentes aparelhos.
O investigado também dizia saber remover o número de identificação dos aparelhos, IMEIs, do Cadastro Nacional de Celulares com Restrição (CNCR), de modo a burlar as restrições de segurança.

Alan Gonçalves oferecia "cursos" de desbloqueio de celulares; serviço era oferecido de forma remota | Foto: Reprodução/TV Globo
Desde o início da Operação Rastreio, mais de 10 mil celulares foram recuperados, sendo 2.800 devolvidos aos donos. Mais de 700 pessoas já foram presas por envolvimento nos crimes.


