Oposição avança para instalar CPMI sobre fraudes no INSS
Senador afirma que base já reúne assinaturas suficientes no Senado

Foto: José Cruz/Agência Brasil
A oposição no Congresso Nacional está prestes a formalizar a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar possíveis irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o senador Rogério Marinho (PL-RN), os 27 apoios necessários no Senado já foram conquistados, e a expectativa é atingir, nos próximos dias, as 171 assinaturas requeridas entre os deputados federais.
Marinho defende a instalação da CPMI como “essencial” e destacou que, conforme o regimento, a leitura do requerimento em sessão conjunta implica a abertura automática da comissão. Durante entrevista, o senador aproveitou para criticar a condução do Ministério da Previdência, comandado por Carlos Lupi, e relembrou a exoneração do ministro em 2011, durante o governo Dilma, em meio a suspeitas de corrupção.
O parlamentar também refutou argumentos do atual governo sobre a origem dos problemas nos empréstimos consignados, alegando que eles remontam à década de 1990 e não à sua gestão. Ele citou ainda medidas adotadas entre 2019 e 2020, quando esteve à frente da pasta, como ações de combate a fraudes que, segundo ele, geraram economia bilionária.
Demissão de Lupi
Um levantamento da AtlasIntel, divulgado na quinta-feira (1º), mostra que 85,3% dos brasileiros acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveria demitir o ministro da Previdência, Carlos Lupi, em razão das suspeitas de fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Apenas 8,7% defendem que ele permaneça no cargo, mesmo após a operação da Polícia Federal que revelou descontos indevidos de mensalidades feitas por associações e sindicatos a aposentados e pensionistas sem autorização. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 6,3 bilhões.
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Outros 6% dos entrevistados não souberam ou preferiram não opinar. A pesquisa ouviu mil pessoas entre os dias 29 de abril e 1º de maio, com margem de erro de três pontos percentuais e 95% de confiança.
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