Organizadores das Olimpíadas de Tóquio garantem 80% das instalações para 2021
Atraso nos jogos custará entre R$ 10 e R$ 30 bilhões

Foto: Denis Balibouse/Reuters
O presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, Yoshiro Mori, afirmou nesta sexta-feira (12), que cerca de 80% das instalações esportivas para a competição estão garantidas. Contudo, dois dos maiores locais podem não estar disponíveis para o megaevento no ano que vem.
"Para um número significativo de instalações, cerca de 80% delas, já obtivemos a aprovação básica para seu uso no próximo ano", afirmou Mori, após reunião do Comitê Executivo dos organizadores da Olimpíada. "No entanto, também existem locais que já têm reservas para outros usuários no próximo ano", completou.
A disponibilidade para julho de 2021 das 43 instalações esportivas previstas inicialmente para 2020 é uma das grandes dificuldades dos organizadores dos Jogos Olímpicos, que citaram que o Estádio Olímpico de Tóquio, a Arena de Saitama (basquete) e a instalação do hipismo estão entre as estruturas garantidas. Contudo, outras 13 instalações precisam rever o contrato para o uso no ano que vem.
Os organizadores ainda estão trabalhando para garantir a Vila Olímpica, com 5 mil apartamentos, e o Tokyo Big Sight, um grande centro de convenções na Baía de Tóquio que seria usado como o principal centro de imprensa. Os 20% restantes estão, segundo Muto, "ainda em negociação" para serem utilizados no próximo ano.
Os organizadores falaram durante semanas sobre a "simplificação" da Olimpíada de 2021 com o objetivo de economizar dinheiro em virtude da pandemia causada pelo novo coronavírus. Mas nem Mori, nem o diretor-executivo do Comitê Organizador, Toshiro Muto, ofereceram detalhes nesta sexta-feira de como diminuir os gastos. Também não disseram quanto custará o atraso e por quem será pago.
"Levando em consideração a nova situação econômica, social e médica, acreditamos que um jogo simples e seguro é o caminho a seguir para Tóquio 2020", afirmou Mori. "Embora seja o que digo agora, pode ser que, no próximo verão, possamos nos pedir algo festivo. Mas, no momento atual, em nossos preparativos, precisamos levar em consideração se um evento excessivamente comemorativo será amplamente aceito", completou.
O custo do atraso dos Jogos no Japão é estimado entre US$ 2 bilhões a US$ 6 bilhões (entre R$ 10 bilhões e R$ 30 bilhões, na cotação atual). Sem dar muitos detalhes, o Comitê Olímpico Internacional (COI) prometeu investir US$ 650 milhões (R$ 3,2 bilhões).