Outubro Rosa: Mastologista fala sobre cirurgias reparadoras em pacientes com câncer de mama

Especialista garante que na maioria dos casos pode conservar a mama com segurança oncológica e semelhantes chances de cura

[Outubro Rosa: Mastologista fala sobre cirurgias reparadoras em pacientes com câncer de mama]

FOTO: Reprodução

Na série sobre o Outubro Rosa desta semana, o Farol da Bahia entrevistou Rodrigo Barata, médico cirurgião titular da Sociedade Brasileira de Mastologia, pós-graduado em reconstrução mamária, que falou sobre os novos procedimentos de reconstrução mamária realizados em pacientes com câncer de mama.

O especialista falou também sobre o diagnóstico, tratamentos e chances de cura. 

Confira:

Farol da Bahia: Como o câncer de mama é diagnosticado? Quais são os exames que detectam o tumor?

Rodrigo Barata: O diagnóstico do câncer de mama é dado após sua detecção nos exames clínicos ou de imagem, mas só pode ser confirmado por meio de biópsia. Os exames que podem detectar lesões suspeitas de câncer são Mamografia, Ultrassom e Ressonância Magnética das mamas, sendo a mamografia a mais recomendada para rastreamento anual a partir dos 40 anos.

FB: Os tratamentos são recomendados de acordo com o tipo do câncer?
RB: Atualmente, o tratamento é definido por vários fatores como estágio da doença, tipo de tumor e status físico da paciente.

FB: Em todos os casos é necessário a retirada da mama? 
RB: Na grande maioria dos casos podemos conservar a mama com segurança oncológica e semelhantes chances de cura, principalmente utilizando-se técnicas de oncoplastia, um tipo de cirurgia terapêutica e reparadora da mama.

FB: O tamanho do tumor vai influenciar na chance de cura?
RB: O tamanho do tumor e o estágio em que se encontra a doença determinam a chance de cura, podendo chegar a 95% em casos iniciais.

FB: Com a evolução da medicina, sabemos que tem surgido cirurgias reparadoras que são um sucesso, o que tem hoje de mais moderno no tratamento com relação a reconstrução da mama?

RB: Hoje temos uma variedade significativa de técnicas ou associações para reconstrução mamária, principalmente para os casos de mastectomia em que utilizamos próteses de silicone modernas que podem expandir os tecidos e permanecer definitivamente substituindo a mama retirada. A segurança cirúrgica é muito elevada mesmo para os casos mais dramáticos com reparações extensas, praticamente não havendo casos de óbitos nestes procedimentos.

FB: Existe hoje um avanço na estatística da população mais jovem, quais são os fatores desencadeantes?
RB: A incidência do câncer de mama aumentou para todas as faixas etárias, incluindo na população mais jovem, menor que 40 anos, podendo estar relacionada aos hábitos de vida, fatores ambientais, histórico hormonal e reprodutivo.

 


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