Overclean: prefeito baiano é afastado do cargo após a sétima fase da operação
João Vitor Laranjeira foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

Foto: Reprodução
O prefeito de Riacho de Santana, João Vitor Laranjeira (PSD), foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sétima fase da Operação Overclean, iniciada nesta quinta-feira (16). Operação mira uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Os mandados foram expedidos e cumpridos em diversas cidades, como Salvador, Riacho de Santana e Wenceslau Guimarães, além do município de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.
As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal. Foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão, 01 medida cautelar de afastamento de agente público do cargo e o sequestro de valores obtidos de forma ilícita. A primeira fase da operação iniciou em dezembro de 2024, na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Na terça-feira (14), a PF deflagrou a sexta fase da operação que teve como alvo o deputado federal Dal Barreto (União-BA). O deputado foi abordado por policiais no aeroporto de Salvador nesta terça-feira e teve o celular apreendido.
Além da abordagem no aeroporto, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do deputado, que fica localizada na cidade de Amargosa, na Bahia, e um posto de gasolina que pertence à família dele.
A operação Overclean tem intenção de desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
No total, a nova fase da Overclean cumpriu oito mandados de busca e apreensão, uma medida cautelar diferente da prisão e o sequestro de valores obtidos de maneira ilícita nesta terça-feira.
Os investigados, de acordo com a PF, poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.
Operação Overclean
A primeira fase da operação foi deflagrada pela Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal do Brasil e a Controladoria-Geral da União em dezembro de 2024, na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, contra uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Conforme a Receita Federal, o esquema foi estruturado para direcionar recursos públicos vindos de emendas parlamentares, convênios para empresas, e pessoas ligadas a administrações municipais.
As investigações contaram com cooperação policial internacional por intermédio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations - HSI), e apontam que a organização teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos, apenas no ano de 2024.
O esquema teria atingido diretamente o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), principalmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST- BA), além de outros órgãos públicos.