Coronavírus
Plataforma foi criada para auxiliar médicos e enfermeiros de Manaus, mas qualquer pessoa podia acessá-la
Nesta quinta-feira (21), o aplicativo do Ministério da Saúde "TrateCov", saiu do ar. A página recomendava o "tratamento precoce" a pacientes que têm sintomas que podem ou não ser da Covid-19. O "tratamento" indicado incluía medicamentos que, segundo demonstraram diferentes estudos, não funcionam contra a doença, como a cloroquina, a hidroxicloroquina e a azitromicina.
A plataforma foi lançada, inicialmente, apenas para profissionais de Saúde de Manaus, mas qualquer pessoa podia acessar, preencher o cadastro e obter as receitas. A cidade enfrenta um cenário de caos pela falta de oxigênio para pacientes, e recordes de mortes por Covid.
De acordo com o Ministério da Saúde, o aplicativo foi desenvolvido "para auxiliar os profissionais de saúde na coleta de sintomas e sinais de pacientes visando aprimorar e agilizar os diagnósticos da Covid-19".
Em nota, o Ministério informou que "a plataforma traz ao médico cadastrado um ponto a ponto da doença, guiado por rigorosos critérios clínicos, que ajudam a diagnosticar os pacientes com mais rapidez. Depois disso, o TrateCOV sugere algumas opções terapêuticas disponíveis na literatura científica atualizada, sugerindo a prescrição de medicamentos".
Nesta semana, o Twitter colocou um alerta em uma publicação do Ministério da Saúde, apontando que houve "a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais" relacionadas à Covid-19. No post, a pasta indicava o "tratamento precoce" contra a doença.
O presidente Jair Bolsonaro também defendeu o "tratamento" mesmo com a ineficácia comprovada deles.
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